Pagar por um café aproximando o celular da maquininha já é rotina, mas o Pix por aproximação, lançado em fevereiro, exigiu integração tecnológica e troca confiável de informações entre bancos, comércio e administradoras de máquinas.
O open finance completou cinco anos na semana passada, permitindo que usuários autorizem o compartilhamento de seus dados financeiros entre instituições de forma segura, seguindo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
O sistema foi fundamental para o Pix automático, que substituirá boletos, e para a consulta de saldos e ofertas de crédito com juros menores. Desde abril de 2023, também é possível compartilhar informações sobre investimentos, câmbio, seguros e previdência privada.
Obstáculos
Segundo a Associação dos Iniciadores de Transação de Pagamento (Init), a taxa de conversão das operações ainda varia entre 50% e 60%, distante do ideal de 99,5% dos cartões de crédito e débito, embora o sistema seja mais seguro, com casos de fraude raros.
O Pix por aproximação permite conferência do valor na tela do celular antes do pagamento, aumentando a segurança em relação aos cartões.
Pessoas jurídicas
Outro desafio é a adesão das empresas. Em 2024, pessoas físicas autorizaram mais de 40 milhões de compartilhamentos, enquanto empresas registraram pouco mais de 400 mil consentimentos como receptoras e transmissoras de dados.
Burocracia e complexidade tecnológica dificultam a adesão das empresas. Jonatas Giovinazzo, da Init, explica que grandes empresas precisam alinhar múltiplas contas e maquininhas, além de definir regras contábeis para lançamentos e autorizações.
Pix em lotes
Uma solução discutida é o processamento de Pix em lotes, permitindo que médias e grandes empresas processem várias transações simultâneas sem travamentos, facilitando a integração ao open finance.
Segundo especialistas, a expansão das empresas no sistema trará benefícios significativos, como maior poder de negociação para crédito e simplificação de garantias, sendo que no futuro, o maior volume financeiro virá de pessoas jurídicas.
Novidades
Em fevereiro de 2026, o Banco Central planeja lançar a portabilidade de crédito via open finance, permitindo transferir operações entre bancos, inclusive crédito consignado, ampliando a autonomia dos correntistas fora de plataformas específicas.
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Fonte: cenariomt