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ONG denuncia genocídio silencioso em Cuba: novo recorde de protestos registrados

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A ONG Observatório Cubano de Conflitos (OCC) divulgou nesta segunda-feira (3) um relatório que aponta que os protestos contra a ditadura de Cuba atingiram recorde pelo terceiro mês consecutivo.

De acordo com o documento divulgado pela ONG, em outubro, foram 1.249 protestos, denúncias e ações cívicas em toda a ilha, contra 1.121 registrados em setembro e 1.023 em agosto, que também haviam sido patamares recordes.

Entre os atos que o OCC descreve como ações cívicas, estiveram postagens e vídeos com críticas ao regime cubano nas redes sociais. A ONG citou o exemplo da técnica em prótese dentária Anna Sofía Benítez Silvente, de 20 anos, que “apareceu em vídeos que viralizaram sobre a vida em Cuba” e como consequência “seu serviço de internet foi cortado”.

O OCC relatou que as motivações mais comuns para protestos em outubro foram contestações ao Estado policial (261), manifestações contra a crise contínua no fornecimento de eletricidade, água e outros serviços essenciais (254) e falhas no atendimento de saúde pública (248), diante de epidemias nacionais de dengue, chikungunya e outras arboviroses.

“Após analisar a crise, o Observatório Cubano de Conflitos considera que a forma como a elite do poder fomentou essa catástrofe configura um genocídio silencioso, com nove vírus [em circulação] e um número ainda indeterminado de mortes, mas certamente muito superior, como anexamos aqui, às três reconhecidas até o momento pelos altos funcionários da Saúde Pública”, destacou a ONG.

O OCC disse que enchentes e a passagem do furacão Melissa pelo Caribe no mês passado intensificaram os problemas que a população de Cuba enfrenta, com mais cortes de energia e destruição de habitações.

“[Em outubro,] a situação habitacional mais dramática esteve relacionada às chuvas torrenciais do início do mês e ao monstruoso furacão Melissa no final, que agravou a situação e deixou um rastro de morte e desespero, tanto pelos desabamentos e telhados frágeis arrancados pela tempestade de categoria 3 nas províncias do leste, quanto pelas inundações em toda a ilha”, afirmou a ONG.

Fonte: gazetadopovo

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