A loja em Cuiabá também foi escolhida como vitrine pelo histórico e a credibilidade do grupo Canopus, que está há 52 anos no mercado. O fundador do grupo, Marcos Cruz, reforça que a preocupação vai além de vender.
“A Omoda Jaecoo quando chegou já percebeu que nesse grupo a palavra não é ‘agressividade’ ou vender de qualquer forma para fazer qualquer negócio. Construímos um relacionamento com nossa clientela, temos clientes de 52 anos, isso é muito importante. Já estamos na terceira geração de clientes, então é muito gostoso ouvir alguém falar: ‘meu avô foi cliente aqui e ainda quero que meu filho seja cliente’. Estamos construindo um relacionamento duradouro”.
O espaço, sob comando do grupo Canopus, representa a união de duas marcas com perfis distintos, como explica Felipe Amaral, diretor de desenvolvimento de negócios da Omoda Jaecoo. “A Omoda é a vanguarda da transformação, voltada para quem busca design futurista e tecnologia de ponta. Já a Jaecoo atende ao cliente clássico, que gosta de design robusto e experiência off-road, mas também quer dirigibilidade moderna. É a combinação perfeita para oferecer uma gama completa: o filho compra o Omoda, o pai o Jaecoo”.
Na concessionária de Cuiabá, os primeiros modelos disponíveis são o Omoda E5, que é 100% elétrico, e o Jaecoo 7, híbrido plug-in que promete até 1.200 km de autonomia com tanque cheio e bateria carregada.
“É o tipo de carro ideal para Mato Grosso, onde as distâncias são longas. A autonomia e a tecnologia embarcada fazem com que ele supere, inclusive, o desempenho de muitos veículos a diesel”, afirmou Mario Paziani, head de vendas da marca no Brasil. Segundo ele, o Jaecoo 7 é um “super híbrido”, que entrega potência sem exigir recarga diária.
A estratégia de expansão da Omoda Jaecoo no Brasil leva em conta o tamanho e o potencial de mercado, e Cuiabá, segundo Felipe Amaral, concentra cerca de 70% das vendas do estado.
“Escolher a Canopus foi uma decisão baseada em conhecimento regional. Eles vivem e respiram o mercado local. Não estamos vendendo um carro chinês genérico. Estamos oferecendo veículos pensados para o Brasil, que passaram por testes em diversas altitudes e climas. Nenhum dos nossos carros vendidos aqui é o mesmo que se vende na China”, afirmou.
A proposta da Omoda Jaecoo é ambiciosa: vender entre 4 mil e 5 mil carros por mês no Brasil até o fim do ano. O modelo de negócios, segundo Paziani, aposta na eletrificação e no design como diferenciais para competir com marcas tradicionais.
“Fomos à Expoagro e o público do agro recebeu muito bem. Esse novo perfil do agronegócio está ligado à sustentabilidade, performance e conectividade. O carro hoje precisa ser um ‘celular sobre rodas’”.
O diretor de marketing do grupo Canopus, Rigel Cruz, destacou que os dois modelos atendem à versatilidade da região.
“Dirigi o Jaecoo 7 até Chapada dos Guimarães e foi uma delícia. Já o Omoda E5 tem essa pegada mais urbana. A aceitação do público na feira foi tão boa que sentimos até um leve ciúmes das marcas concorrentes. O design e a tecnologia chamaram atenção”.
A head de concessionárias, Kelayne Cruz, reforça que o Canopus tem cautela na escolha das marcas com as quais trabalha.
“Não pegamos qualquer marca. Trazemos as que acreditamos e sabemos que vão atender nosso público. E não adianta ter tecnologia sem pós-venda. Já temos estrutura pronta para atender qualquer eventualidade”, afirmou.
Ela também visitou a sede da marca na China e dirigiu um carro autônomo. “É incrível ver o quanto a China está avançada. E essa tecnologia está chegando aqui”.
Apesar da novidade no estado, a Omoda Jaecoo já está consolidada em mercados como Reino Unido, Espanha, Israel e Turquia. Na Inglaterra, por exemplo, a marca vende mais de 10 mil unidades por mês, explica Paziani. Com uma fábrica prevista para o Brasil, o grupo planeja vender mais de 70 mil carros por ano e promete balançar o mercado nacional.
Com design sofisticado, conectividade de ponta e motorização eficiente, a Omoda Jaecoo Canopus inicia suas atividades em Cuiabá com a promessa de não ser apenas mais uma chinesa no mercado. Apesar do crescimento de marcas chinesas no mercado brasileiro, a Omoda Jaecoo busca se diferenciar desde a concepção dos veículos.
Segundo Felipe Amaral, os modelos que chegam a Cuiabá não são comercializados na China.
“A maior vantagem de sermos há 21 anos o maior exportador da China é entender que o carro não pode ser feito para o chinês e depois vendido ao brasileiro. Nenhum dos nossos carros vendidos aqui é comercializado lá”, pontua.
Essa adaptação vai além do design: envolve testes rigorosos de performance e adequação às condições brasileiras. “Nosso carro foi preparado por quase um ano para o Brasil. Ele passou por pelo menos dez testes de rodagem, desde o nível do mar até altitudes mais elevadas, justamente para garantir potência e desempenho em qualquer terreno do país”, afirma Felipe.
Outro diferencial é a customização do portfólio. Enquanto alguns concorrentes ainda apostam em sedans, preferidos no mercado chinês, a Omoda Jaecoo entende que esse formato já não encontra grande aceitação na América do Sul.
“O SUV médio é o limite mínimo na China, mas aqui os hábitos são outros. Nosso portfólio foi pensado para o que o brasileiro realmente quer dirigir”, completa.
Fonte: Olhar Direto