Há alguns anos, o mercado de motocicletas era polarizado: ou você pilotava uma “city” de baixa cilindrada para o dia a dia, ou saltava diretamente para as potentes e pesadas máquinas de 600cc ou mais. No entanto, o cenário mudou. As motocicletas entre 400cc e 500cc conquistaram o posto de “ponto doce” (ou sweet spot) do motociclismo moderno, equilibrando agilidade urbana com fôlego de sobra para a estrada.

Por que as motos de 400cc a 500cc são o “ponto doce” do mercado

O grande trunfo dessa categoria é a versatilidade. Motores que variam entre 40 cv e 50 cv de potência oferecem uma entrega de torque linear, permitindo ultrapassagens seguras em rodovias sem o peso excessivo das motos de alta cilindrada. Para quem busca uma transição da 160cc ou 250cc, esse upgrade representa um salto tecnológico e de segurança, sem sacrificar a agilidade necessária para filtrar o trânsito das grandes cidades.

Além disso, o custo de manutenção e consumo de combustível ainda se mantém em patamares razoáveis. Enquanto uma superbike pode ser proibitiva para o uso diário, modelos desta faixa entregam médias de consumo surpreendentes, muitas vezes superando os 25 km/l, dependendo do estilo de pilotagem.

Outro fator que impulsiona esse segmento é o pacote tecnológico. Hoje, é difícil encontrar uma 400cc ou 500cc que não saia de fábrica com freios ABS de dois canais, iluminação em LED e, em muitos casos, embreagem assistida e deslizante — item que evita o travamento da roda traseira em reduções bruscas de marcha.

Marcas como Kawasaki, Honda, Yamaha e a crescente presença de fabricantes como Royal Enfield e Zontes, trouxeram designs que vão do retrô ao futurista, atendendo a todos os gostos. Seja você um fã das esportivas carenadas, das funcionais nakeds ou das aventureiras crossovers, existe uma opção nessa faixa de cilindrada pronta para a sua garagem.

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Vale o Investimento?

Se você busca uma moto que seja sua única companheira — aquela que te leva ao trabalho na segunda-feira e ao litoral no sábado com garupa e bagagem — a resposta é um sonoro sim. O mercado de seminovas nessa categoria também é extremamente aquecido, o que garante uma boa liquidez e menor desvalorização em comparação com modelos de nicho.

 

Em resumo, as motos de 400cc a 500cc deixaram de ser apenas “motos de transição” para se tornarem o destino final de muitos motociclistas que priorizam inteligência, economia e o puro prazer de pilotar sem complicações.

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Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.