SAÚDE

Novo teste para diagnóstico de autismo em bebês de 16 meses disponível no SUS

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Teste para diagnóstico de autismo em bebês de 16 meses chega ao SUS

O teste que ajuda no diagnóstico de autismo em bebês de 16 a 30 meses agora está liberado no SUS - Foto: José Cruz/ Agência Brasil
O teste que ajuda no diagnóstico de autismo em bebês de 16 a 30 meses agora está liberado no SUS – Foto: José Cruz/ Agência Brasil

Mais uma conquista para a saúde pública. A partir de agora, o teste que ajuda no diagnóstico de autismo em bebês de 16 meses a 30 meses também será oferecido pelo SUS. O exame será realizado por profissionais da atenção primária como parte da rotina de avaliação do desenvolvimento infantil.

O Ministério da Saúde diz que a intenção é identificar sinais do transtorno do espectro autista (TEA) o quanto antes, para que intervenções e estímulos possam ser aplicados mesmo antes do diagnóstico definitivo. “A atuação precoce é fundamental para a autonomia e a interação social futura das crianças”, afirmou o ministério em nota.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a nova linha de cuidado para o TEA é uma ferramenta ampla e poderosa. “Não precisamos esperar o diagnóstico fechado para começar as ações. Isso tem um impacto muito grande no desenvolvimento dessas crianças”, afirmou.

Como é o teste

O teste de triagem, chamado M-Chat, permite identificar sinais de autismo já nos primeiros anos de vida.

Ao detectar precocemente essas características, os profissionais podem orientar as famílias sobre os estímulos e terapias necessárias, promovendo um desenvolvimento mais saudável e integrado.

O questionário estará disponível na Caderneta Digital da Criança e no prontuário eletrônico E-SUS. Já os protocolos de estímulos e intervenções constam na versão atualizada do Guia de Intervenção Precoce, que entra em consulta pública a partir de hoje.

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Tratamento individualizado

Além da triagem, o ministério reforça a importância do Projeto Terapêutico Singular (PTS), que prevê um plano de tratamento individualizado. Ele é construído com a participação de equipes multiprofissionais e das famílias, garantindo atenção personalizada a cada criança.

A nova linha de cuidado também define fluxos de encaminhamento, indicando quando pacientes atendidos nos Centros Especializados em Reabilitação (CER) devem ser direcionados a serviços de saúde mental caso apresentem sofrimento psíquico.

Acolhimento e suporte às famílias

O ministério lembra que o apoio às famílias é parte central do cuidado com crianças com TEA.

Ações como orientação parental, grupos de apoio e capacitação de profissionais da atenção primária ajudam a estimular práticas no ambiente domiciliar, complementando o trabalho das equipes multiprofissionais.

“Com isso, busca-se reduzir a sobrecarga das famílias e promover vínculos afetivos mais saudáveis”, destacou a pasta, que também vai implementar o programa de treinamento de habilidades para cuidadores, da Organização Mundial da Saúde (OMS), voltado para famílias com crianças com TEA ou atraso no desenvolvimento.

Estima-se que aproximadamente 1% da população brasileira viva com TEA, e que 71% dessas pessoas apresentam outras deficiências, segundo dados do IBGE. A nova linha de cuidado do SUS pretende integrar ações desde a atenção primária até serviços especializados, garantindo atendimento precoce e contínuo a essas crianças.

O teste que ajuda no diagnóstico de autismo em bebês de 16 a 30 meses agora está liberado no SUS – Foto: José Cruz/ Agência Brasil

Fonte: sonoticiaboa

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