Via @cnnbrasil | O problema do Sorvepotel ganhou destaque nos últimos dias após várias pessoas serem vítimas do golpe a partir de mensagens enviadas pelo WhatsApp.
Esse malware, como são chamados os softwares maliciosos usados para enganar usuários, chega como um texto comum no aplicativo de conversa com um arquivo em ZIP ou links disfarçados de recibos, orçamentos ou comprovantes.
A partir do clique do usuário do WhatsApp, os arquivos começam a atacar o dispositivo e, quando chegam até a rede social, enviam mensagens repetidas para contatos e grupos, criando um infecção em cadeira.
“Isso já é um grande problema em uma esfera individual, então um usuário comum que foi contaminado. Agora, quando escalamos isso, por exemplo, para uma empresa, as consequências são sem precedentes, principalmente pensando em um sistema todo interconectado, com funcionários, parceiros, fornecedores e clientes envolvidos”, disse Mirella Kurata, especialista em cibersegurança e CEO da DMK3, em um comunicado à imprensa.
O Sorvepotel pode paralisar serviços públicos, já que são sistemas com alcance nacional e pode gerar inoperação de sistemas e vazamento de dados confidenciais.
Para aplicar os golpes, o malware se une a técnicas de engenharia social — técnica que explora o fator humano, manipulando o usuário para que revele informações ou executem ações que comprometem a segurança.
“O uso do phishing é uma das táticas mais comuns nessas situações, porque consiste no uso de conteúdos falsos que induzem o usuário a clicar em links ou abrir anexos maliciosos, porque são muito parecidos ou até idênticos às comunicações legítimas, permitindo a entrada do invasor no sistema”, comentou Mirella.
Questionada pela CNN, a assessoria de imprensa do WhatsApp respondeu que ações estão sendo tomadas para prevenir os golpes, mas a proteção individual também é importante.
“Estamos sempre trabalhando para tornar o WhatsApp o lugar mais seguro para a comunicação privada, e é por isso que criamos camadas de proteção que oferecem mais contexto sobre com quem você está conversando ao receber uma mensagem de alguém que você não conhece — além de proteger suas conversas pessoais com a criptografia de ponta a ponta”, diz o comunicado.
Como se proteger do Sorvepotel?
- Evite abrir anexos ou links suspeitos que forem enviados no WhatsApp, mesmo de contatos conhecidos;
- Desconfie de mensagens que pedem ações imediatas;
- Confirme endereços de e-mails e números de contato antes de acessar algum arquivo ou link;
- Mantenha os softwares atualizados — principalmente os antivírus;
- Desconecte o WhatsApp Web quando não estiver usando.
Como são mensagens suspeitas?
- Apresentam erros gramaticais ou de digitação;
- Pedem para você clicar em um link ou baixar um app;
- Pedem para você compartilhar seus dados pessoais, como número de cartão de crédito, conta bancária, data de aniversário ou senhas;
- Pedem que você encaminhe uma mensagem;
- Pedem dinheiro ou afirmam que você precisa pagar para usar o WhatsApp;
- Fingem ser alguém que você conhece;
- Tratam de assuntos como loterias, trabalhos, investimentos ou empréstimos;
- Iniciam uma conversa casual com você para ganhar sua confiança antes de pedir dados pessoais.
O que fazer se for atacado?
- Desconecte o dispositivo da internet;
- Faça uma varredura completa com antivírus;
- Altere senhas de acesso;
- Comunique seus contatos para que não abram mensagens enviadas automaticamente;
- Registre um boletim de ocorrência digital.
Giovana Christ
Fonte: @cnnbrasil
