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Novo chefe do Ministério Público de MT propõe criação de secretaria contra facções criminosas

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O novo procurador-geral do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Rodrigo Fonseca, pretende cria uma Secretaria de Política Criminal dentro do órgão para discutir ideias efetivas no combate ao avanço das facções criminosas em Mato Grosso. Para o gestor, todos os poderes estão com dificuldade de resolver o crescente problema. 

A informação foi revelada à imprensa na manhã desta quinta-feira (6), na sede das Promotorias de Justiça da Capital, quando Rodrigo foi questionado sobre como será o desempenho do MPMT, em especial o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), para impedir o avanço das organizações no estado. 

O chefe do MPMT ressaltou que todos os poderes estão com dificuldade de resolver o avanço das organizações criminosas, mas que todos querem combater, sendo necessário mais efetividade no combate. 

“Tudo que a gente discute em Mato Grosso… mercadinhos, câmera corporal nos policiais, as facções criminosas, colocar todo mundo no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), separar líderes, bloqueios de sinais  de celulares são discussões nacionais, não é só Mato Grosso que não conseguiu resolver… é o Brasil, são todos os estados da federação”.

“Eu venho reunindo com o Gaeco e falo que a gente tem que ir construindo. Eu até ando pensando em criar uma Secretaria de Política Criminal vinculada ao gabinete da PGJ da (Procuradoria Geral de Justiça) com designação de um promotor para discutir essas políticas e trazer as ideias do Brasil inteiro, porque todos os estados do Brasil discutem isso e todo mundo está com dificuldade de resolver. Agora, o que nós precisamos? Ter cada vez mais efetividade”, completou.

Para ele, apesar das dificuldades e divergências de opiniões, as discussões são uma forma efetiva para esse combate. Na sua gestão, ele pretende se reunir com o Gaeco para debater a melhor estratégia e aprofundar na criação da Secretaria de Polícia Criminal, que será vinculada ao Gabinete da PGJ. 

A ideia de criar o setor foi inspirada numa secretária de dentro do Ministério Público de São Paulo, em que o procurador observou que existe um promotor com um assessor voltado à discussão da política pública justamente no combate ao crime organizado. 

“Vão a outros estados, discutem a melhor forma de combate ao crime organizado ou qualquer tipo de criminalidade. Eles têm apenas uma pessoa destacada mais para esse trabalho de estudar e discutir política pública”. 

Na prática, caso criada, a nova secretaria vai fazer um diagnóstico das deficiências do Estado para discutir como será o enfrentamento às facções e crimes organizados e, segundo Rodrigo, as ideias seriam levadas aos poderes Legislativo e Executivo. 

“Eu costumo falar, e sou muito transparente nisso, se os poderes não agirem harmonicamente para resolver os problemas, o conflito é muito mais difícil… Tem que sentar numa mesa e falar ‘olha todo mundo tem um objetivo comum agora vamos ver o melhor meio de se chegar a ele’, finalizou. 

Apesar de revelar o projeto de criação, o procurador não disse quando de fato será criado. 

Fonte: leiagora

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