Desde o primeiro ano da atual gestão, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma série de acusações de assédio moral e sexual. Dessa vez, as atenções se voltam para o Ministério da Justiça, onde surgiram de assédio moral na Diretoria de Cidadania e Alternativas Penais (Dicap), da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
Situações como essa não são novidade. Em setembro de 2024, no caso em que culminou na demissão de Silvio Almeida, então ministro dos Direitos Humanos, o presidente declarou que “alguém que pratica assédio não ficaria no governo”. Almeida foi acusado de assediar sexualmente um grupo de mulheres, entre elas, a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial.
Além disso, o movimento negro destacou uma crise no governo depois de uma reportagem de o site Alma Preta revelar que 17 servidores relataram um ambiente de tensão e insegurança no Ministério das Mulheres, sob comando de Cida Gonçalves.
![Novas Denúncias De Assédio No Governo Lula: Ministério Enfrenta Polêmica Novamente 2 O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski: negociação com governadores acerca da autonomia no comando das policias | Foto: Jamile Ferraris/MJSP](https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2025/01/Lewandowski-3.jpeg)
Na pasta chefiada pelo ministro Ricardo Lewandowski, a diretora da Dicap, Mayesse Silva Parizi, e a coordenadora de gabinete Suzana Inês de Almeida e Silva receberam acusações de perseguições e práticas abusivas.
As denúncias, divulgadas pela Agência Pública, sugerem que a situação persiste desde 2023. À época, o agora ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino liderava o Ministério da Justiça.
Pelo menos 15 pessoas afirmam ter sofrido humilhações e demissões injustas na Dicap. Os depoimentos incluem acusações de que as gestoras “desprezam quem não as bajula” e “subestimam a inteligência da equipe”.
Muitos funcionários alegam ter adoecido e relataram crises de ansiedade e burnout em razão de um ”ambiente tóxico”. Desde 2023, cerca de 30 profissionais mudaram de função, foram demitidos ou decidiram deixar seus cargos.
![Novas Denúncias De Assédio No Governo Lula: Ministério Enfrenta Polêmica Novamente 3 Ministério da Justiça e Segurança Pública](https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2021/07/ministerio-da-justica-e-seguranca-publica-1024x613.jpg)
Mayesse Silva Parizi e Suzana Inês de Almeida e Silva negaram todas as acusações. O Ministério da Justiça reafirmou que repudia qualquer forma de assédio e aguarda o resultado das investigações. O órgão que conduz o caso é a Controladoria-Geral da União (CGU).
Com mais esse ocorrido, as denúncias de assédio no governo Lula aumentaram significativamente. Nos primeiros oito meses de 2023, a CGU registrou cerca de 4 mil reclamações, em contraste com 730 no mesmo período de 2022, durante a administração de Jair Bolsonaro.
Para combater essa situação, a CGU publicou diretrizes para prevenir assédio e discriminação.
Fonte: revistaoeste