A Nissan Oceania revelou a nova geração da Frontier (chamada de Navara por lá), mas o visual gerou debate imediato por ser praticamente uma “irmã gêmea” da Mitsubishi Triton. A estratégia dividiu opiniões e levanta dúvidas sobre o futuro da picape no Brasil. Acompanhe o Garagem360 e confira!

A nova Frontier é uma cópia da Mitsubishi Triton?

O lançamento da nova Frontier 2026 na Austrália confirmou o que muitos temiam: a Nissan optou pelo caminho mais curto. Diferente da versão chinesa (baseada na Dongfeng Z9), o modelo global utiliza a Mitsubishi Triton como base estrutural e mecânica.

Essa estratégia de “rebadge” (troca de emblemas) é similar ao que a Fiat fez com a Titano e a Peugeot com a Landtrek. Embora a Nissan jure que a identidade foi preservada, os detalhes não mentem:

• Frente: a grade tenta manter o clássico desenho em “V”, mas os elementos horizontais são da parceira japonesa.
• Olhar: o formato dos faróis é praticamente idêntico ao da Triton.
• Traseira: nem o nome da picape em alto relevo na tampa da caçamba consegue disfarçar as linhas gerais da carroceria, que são da Mitsubishi.

Ou seja, podemos dar o veredito final de que a Frontier é um clone perfeito da Triton.

Veja também Não compre agora: veja os 10 carros que vão parar o Brasil em 2026

Interior traz tecnologia de ponta em cabine conhecida

Se por fora a “camuflagem” tenta enganar, por dentro a origem é escancarada. O layout do painel, a posição da multimídia e o console central são, em essência, uma Triton reestilizada. Apesar da falta de originalidade, o pacote tecnológico é robusto:

• Conectividade: Apple CarPlay e Android Auto sem fio
• App MyNissan: Permite travar portas, ligar o ar-condicionado e checar o status do veículo pelo celular
• Segurança Patrimonial: Sistema de rastreamento nativo para recuperação em caso de roubo

Segurança de nível global

Para brigar com Ford Ranger e Toyota Hilux, a Nissan recheou a Frontier com o pacote ADAS completo. O condutor conta com Controle de Cruzeiro Adaptativo (ACC), monitoramento de ponto cego, alerta de tráfego cruzado e reconhecimento de placas de trânsito.

Qual o motor da nova Frontier?

Para empurrar a picape, a Nissan abandonou a variedade de motores e apostou em um conjunto único e confiável para as versões ST-X e a aventureira PRO-4X. A princípio, o modelo tem motor 2.4 Turbo Diesel (o mesmo da nova Triton).

Este gera uma potência de 203 cv com torque: 47,9 kgfm. A transmissão é automática de 6 marchas com tração 4×4.

Qual Frontier teremos no Brasil?

Com o fim da produção na Argentina, o Brasil ficou em um “limbo” logístico. A Nissan ainda não bateu o martelo sobre qual versão venderá por aqui, criando três cenários possíveis: importar ou produzir este modelo apresentado agora, trazer a opção baseada na Dongfeng, ou aguardar a versão que será feita no México, focada no mercado norte-americano.

Por enquanto, o consumidor brasileiro segue sem uma resposta oficial, mas a pressão da concorrência exige uma definição rápida.

Você se importa que a nova Frontier seja, na prática, uma Mitsubishi Triton com outro emblema ou o que vale é a mecânica confiável? Deixe sua opinião aqui!

Entrar no canal do Whatsapp

Escrito por

Kawane Licheski

Formada em Administração de Empresas, Jornalismo e mestranda em Comunicação. Apaixonada por setor automobilístico, true crime e livros. Fiz da escrita e produção de conteúdo sua paixão e profissão.