Conteúdo/ODOC – O promotor Sérgio Silva da Costa, do Ministério Público do Estado (MPE) renovou na terça-feira (29), o pedido à 7ª Vara Criminal de Cuiabá para que seja decretada a prisão preventiva dos médicos e empresários investigados na Operação Espelho, que apura um esquema de desvio de cerca de R$ 90 milhões da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT).
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra havia negado o pedido de prisão preventiva, argumentando a ausência de contemporaneidade entre os delitos e a solicitação do Ministério Público, além da falta de indícios de tentativa de obstrução da justiça por parte dos réus, como coação de testemunhas ou destruição de provas.
Porém, no novo recurso o promotor afirma que os investigados continuam mantendo parcerias com o Estado, através da secretaria de Saúde, e lembrou que há outras investigações em curso sobre crimes relacionados a processos licitatórios, peculato e outros ilícitos praticados pelos mesmos réus até o ano de 2023, causando prejuízos à população, especialmente durante a pandemia de Covid-19.
Diante disso, Sérgio Silva da Costa reforçou o pedido de prisão preventiva dos alvos da Operação Espelho. Os principais investigados, segundo o MPE, são os médicos e empresários Luiz Gustavo Castilho Ivoglo e Osmar Gabriel Chemim, apontados como líderes da organização criminosa estruturada, que buscava vantagens ilícitas através de contratos com órgãos públicos estaduais e municipais.
As investigações apontam que alguns médicos foram contratados para receberem pelos plantões prestados mediante adesão às empresas envolvidas, sem participação efetiva nas decisões ou lucros das mesmas, configurando uma divisão de tarefas organizada pela organização criminosa.
Fonte: odocumento