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Preso em confronto revela cemitério clandestino de facção onde foram realizados salves e execuções; 14 corpos são encontrados no local: assista ao vídeo

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Um homem preso após um confronto com policiais da Cavalaria da Polícia Militar foi quem informou a Polícia Civil sobre a localização de um cemitério clandestino utilizado por uma facção criminosa em Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá). 

Em confronto com os agentes, um suspeito de 27 anos foi preso, enquanto outro, de 19 anos, morreu após atirar contra os policiais e ser baleado. 
Com base nas informações fornecidas pelo preso, os investigadores se dirigiram a uma área de mata e encontraram os restos mortais de 14 pessoas na manhã desta sexta-feira (10). Inicialmente, foram contabilizados 11 corpos, mas o número subiu ao longo do dia. As vítimas ainda não foram identificadas. 
“[O suspeito preso] não reagiu à abordagem policial. Ele foi conduzido à delegacia e lá, com as técnicas de entrevista, a Polícia Civil conseguiu algumas informações que os trouxeram até esse local. Lógico que outras investigações já estavam em andamento para tentar descobrir onde de fato esses desaparecidos se encontravam”, comentou um policial em entrevista. 
Também em entrevista à imprensa, o delegado João Antônio Batista Ribeiro Torres, um dos responsáveis pelo caso, explicou que as investigações apontam que o lugar além de servir para ocultar os corpos das vítimas, também era utilizado para aplicação de salves e execuções, ou seja. 
Segundo o delegado, todos os desaparecimentos que estão sendo investigados estão ligados à guerra entre facções criminosas. De acordo com ele, as evidências encontradas no local, como cigarros, facas, cordas, capas e telefones celulares, indicam que o local funcionava como um tribunal do crime.
“Nos chama a atenção o fato de que parece ser um local usado pelos faccionados, porque foram encontrados no local vestígios de cigarro, facas, cordas e cabos de telefone celular, que possivelmente indicam que aqui também funcionava o que chamamos de ‘tribunal do crime’”, disse. 
Ainda de acordo com o delegado, os indivíduos que demonstrarem pertencer a outra facção, seja por venderem drogas de facções rivais, ou por causa de qualquer gesto que indique alinhamento com outra facção, são levados para serem executados nessa mata.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada para realizar os trabalhos periciais necessários à identificação das vítimas e coleta de vestígios que possam contribuir para esclarecimento dos crimes. O Corpo de Bombeiros Militar também foi mobilizado para apoio técnico às escavações.
A operação contou ainda com o apoio da Guarda Municipal, que auxiliou no isolamento da área e na segurança do perímetro, garantindo a integridade dos trabalhos e das equipes envolvidas.
O delegado reforçou que as investigações continuam para identificar os responsáveis pelos crimes e esclarecer os fatos. “Essa localização do cemitério ocorreu graças ao brilhante trabalho da equipe de investigação aqui de Lucas do Rio Verde e reforçamos assim, nosso compromisso com a apuração dos delitos e a busca por justiça, garantindo à sociedade respostas concretas sobre os crimes ocorridos”, destacou Allan Vitor.

 

Fonte: Olhar Direto

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