Nesta semana, a tecnologia aliada à vida humana foi o tema que ganhou a internet, após a Neuralink, empresa de Elon Musk, anunciar o primeiro implante de chip cerebral em um humano, feito nesse domingo (28).
O Primeira Página conversou com o neurocirurgião Felipe Guardini, que explicou como essa tecnologia pode ajudar, futuramente, pessoas com algum tipo de paralisia. Ouça a entrevista abaixo.
Chip cerebral: possibilidades futuras
Após o procedimento de implante do chip, batizado como “Telepatia”, Musk fez uma publicação em sua conta nas redes sociais informando que o paciente se recupera bem.
The first human received an implant from @Neuralink yesterday and is recovering well.
Initial results show promising neuron spike detection.
— Elon Musk (@elonmusk) January 29, 2024
O implante faz parte de um estudo da Neuralink, que usa um robô para colocar cirurgicamente um chip de interface cérebro-computador (BCI) em uma região do cérebro que controla a intenção de se mover.
Inicialmente, a ideia é que o chip implantado na interface cerebral possa ajudar a coordenar diversas funções motoras, possibilitando ações como movimentos de teclados, cursores, usando o pensamento para movimentar algum objeto, de acordo com o neurocirurgião Felipe Guardini.
É por isso que, no futuro, a tecnologia poderá ajudar pacientes com paralisias ou com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) ou pessoas com lesões de medula espinhal cervical.
Em outro post nas redes, Musk confirmou essas possibilidades futuras de controle da realidade com o pensamento e relembrou Stephen Hawking, pensando na possibilidade de que o grande físico e cientista pudesse se comunicar de forma mais rápida do que com o digitador que usava.
Enables control of your phone or computer, and through them almost any device, just by thinking.
Initial users will be those who have lost the use of their limbs.
Imagine if Stephen Hawking could communicate faster than a speed typist or auctioneer. That is the goal.
— Elon Musk (@elonmusk) January 30, 2024
Para Felipe Guardini, as ambições de Elon Musk são grandes, criando grandes expectativas de progressos tecnológicos na comunidade neurocientífica do mundo todo.
Como funciona o implante
Além do chip, outros componentes eletrônicos são implantados dentro do crânio do usuário, com comunicações sem fio, enviando dados de sinais cerebrais para um aplicativo da Neuralink, que os decodifica (ou decifra) em ações e intenções.
Ainda não há informações concretas sobre quanto custará esse procedimento de implante cerebral.
Não é inédito!
Em 2004, um ser humano já havia recebido um implante de dispositivo conhecido como ‘Utah Array’, que também fazia parte dos estudos tecnológicos feitos pela Neuralink.
De modo geral, a empresa criada por Musk em 2017, se baseia em décadas de estudo destinado à implantações cerebrais que possam interpretar sinais e ajudar no tratamento de sintomas de doenças como paralisia, epilepsia e mal de Parkinson.
Fonte: primeirapagina
