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Investigação aponta Zampieri como lobista no Tribunal de Justiça por suposto suborno a magistrados

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Conteúdo/ODOC – O corregedor nacional de , Luís Felipe Salomão, afirmou que há suspeitas de que o advogado Roberto Zampieri  agia como uma espécie de lobista no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A declaração consta na decisão em que determinou o afastamento dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, nesta quinta-feira (1).

Conforme Salomão, os dois desembargadores mantinham “amizade íntima” com Zampieri e há indícios de que recebiam vantagens financeiras indevidas e presentes de elevado valor para julgarem recursos de acordo com os interesses dele.

“Em paralelo com a incomum proximidade entre os magistrados e o falecido Roberto Zampieri, os autos sugerem, efetivamente, a existência de um esquema organizado de venda de decisões judiciais, seja em processos formalmente patrocinados por Zampieri, seja em processos em que o referido causídico não atuou com instrumento constituído, mas apenas como uma espécie de lobista no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso”, diz trecho da decisão.

O corregedor também determinou a instauração de reclamações disciplinares contra os dois magistrados , além da quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados e de do TJMT, referente aos últimos cinco anos.

A decisão do corregedor tem ligação com informações contidas no aparelho de Zampieri. Os dados do celular foram encaminhados ao CNJ no bojo de uma reclamação disciplinar aberta contra o juiz Wladymir Perri, ex-titular da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, por supostas irregularidades na condução do inquérito policial que investiga o assassinato.

Agora, os desembargadores terão vista dos autos e poderão, se quiserem, apresentar defesa prévia à eventual abertura de Processo Administrativo Disciplinar, no prazo de 15 (quinze) dias. Os processos tramitam em sigilo.

O crime

Zampieri foi assassinado na noite de 5 de dezembro de 2024, quando deixava seu escritório no Bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Ele havia acabado de entrar em seu carro, um Fiat Toro, quando foi surpreendido pelo e baleado dez vezes.

O coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas foi apontado como financiador do crime; já o empresário Hedilerson Fialho Martins Barbosa, como intermediário; e o pedreiro Antônio Gomes da Silva confessou ter atirado e matado a vítima.  Os três estão presos.

O suposto mandante do crime, Aníbal Manoel Laurindo, encontra-se em liberdade provisória, cumprindo medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.

Fonte: odocumento

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