O evento foi promovido pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (Seaf), Prefeitura Municipal e parceiros. Durante o dia de Campo os extensionistas da Empaer proferiram palestras, Igor Murilo Bumbieris falou sobre as alternativas para alimentação do gado no período seco; Alzamir Oliveira Bezerra destacou sobre a fisiologia do bovino e a dieta do grão inteiro e Robson Vicente de Almeida Lobo esclareceu sobre o confinamento. O zootecnista da Sansal, Rodrigo Sansão mostrou o espaço de confinamento e representantes da cooperativa de crédito falaram sobre linhas de financiamento.
Na área do produtor Romildo foi realizado o confinamento de 55 animais e já está se organizando para confinar um total de 100 animais. O extensionista da Empaer, Robson explica que nesse sistema de confinamento, a dieta do tipo milho grão inteiro é uma alternativa para reduzir os custos com a alimentação e aumentar a eficiência e o desempenho dos bovinos. De modo geral, os grãos de cereais são a principal fonte de energia para animais em sistema de confinamento, e essa dieta nada mais é que oferecer o milho sem nenhum tipo de processamento, como a moagem. Junto com os grãos, são oferecidos pellets com aditivos, vitaminas e minerais.
“Essa tecnologia do grão inteiro tem engorda rápida em aproximadamente 100 dias e oferece carne nobre de qualidade e sabor diferenciado. O animal entra para o confinamento com 300 quilos e sai para o abate com 550 quilos, engorda em média 1.6 quilos por dia. Nesse sistema o produtor pode fazer tudo manual sem necessidade de equipamentos, apenas um carrinho de mão para abastecer o cocho e um galpão para armazenar os grãos”, esclarece.
No Assentamento Juruena I, três pecuaristas estão utilizando o confinamento de grãos puro. São destacadas algumas vantagens na utilização dessa estratégia tais como, praticidade no manejo, dispensa a confecção e o manuseio de volumoso, custo com equipamentos e infraestrutura sofisticada, menor consumo de alimento comparado ao confinamento tradicional, melhor conversão alimentar, alta digestibilidade, rendimento e acabamento da carcaça, redução do tempo de permanência no confinamento e custos com a mão de obra e baixo custo operacional e baixo investimento inicial.
De acordo com Robson, essa estratégia nutricional é muito produtiva. Contudo, o pecuarista precisa fazer algumas contas para verificar a viabilidade em utilizar essa tecnologia. Ele ressalta que a sua eficiência vai depender das condições da propriedade, da raça e idade dos animais, bem como da sua adaptação ao alimento. Os interessados devem procurar um técnico da Empaer para analisar todas as condições e principalmente a viabilidade econômica em aderir essa forma de confinamento.
Fonte: @empaer_mt