Sophia @princesinhamt
Mundo

Pele artificial em 3D revoluciona reconstrução de tecidos lesionados

2024 word3
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Imagine criar uma pele artificial com impressão 3D para reconstruir partes do corpo com ferimentos e reparar os machucados sem cicatrizes. Essa tecnologia já existe e foi criada por cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia.

Mas como isso é possível? Os pesquisadores utilizam uma técnica chamada bioimpressão, que é feita a partir de estruturas da pele humana, mesclada com uma espécie de “biotinta”. O processo, apesar de completo, é muito revolucionário e tem animado profissionais da área.

Os pesquisadores acreditam que essa tecnologia pode ajudar a reconstruir tecidos de forma mais natural e proporcionar maior bem-estar aos pacientes que sofreram lesões que geram deformidades.

O resultado foi surpreendente

Nos primeiros testes, os cientistas utilizaram células de gordura e estruturas de suporte de tecido humano obtido clinicamente para corrigir com precisão lesões em ratos

Depois da bioimpressão das camadas da hipoderme e da derme, os cientistas perceberam que em duas semanas a epiderme se formou naturalmente para completar a cicatrização da ferida.

Eles ainda observaram o início do desenvolvimento do folículo capilar na hipoderme, o que sugere que as células-tronco podem impulsionar o crescimento do cabelo.

Patente concedida

As descobertas da equipe foram publicadas no dia 1º de março na revista Bioactive Materials. O Escritório de Marcas e Patentes dos EUA concedeu à equipe uma patente em fevereiro para a tecnologia de bioimpressão desenvolvida e usada neste estudo.

“A cirurgia reconstrutiva para corrigir traumas no rosto ou na cabeça causados ​​por lesões ou doenças geralmente é imperfeita, resultando em cicatrizes ou perda permanente de cabelo”, disse o professor Ibrahim T. Ozbolat, responsável por liderar a pesquisa.

Leia mais notícia boa: 

Expectativa dos cientistas

A nova técnica tem trazido muitas expectativas para os profissionais da saúde, principalmente os cirurgiões.

Apesar dos avanços na cirurgia plástica e reconstrutiva, reparar a perda total de pele nessas áreas com enxertos é um desafio. Ainda é comum ter cicatrizes, perda permanente de cabelo e falhas.

“Com este trabalho, demonstramos pele bioimpressa e de espessura total com potencial para fazer crescer pêlos em ratos. Isso é um passo mais próximo de sermos capazes de obter uma reconstrução de cabeça e rosto com aparência mais natural e esteticamente agradável em humanos”, explicou Ibrahim

Melhor estética

Além das cirurgias plásticas, eles acreditam que esta tecnologia poderia ser aplicada na dermatologia e em transplantes capilares, com resultados estéticos muito mais satisfatórios.

Com a capacidade de bioimpressão totalmente automatizada e materiais compatíveis para uso em clínicas, isso pode ter um impacto significativo na área da saúde.

O próximo passo é combinar a criação com a impressão 3D de ossos, que também foi desenvolvida pela equipe, e buscar uma forma de combinar a pigmentação em vários tons de pele.

Veja um dos testes feito em rato que mostra como a tecnologia funciona:

 

Fonte: sonoticiaboa

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.