Para quem estava esperando o nascimento de um gigante da indústria automotiva, pode tirar o pé do acelerador.
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A Nissan e a Honda decidiram encerrar as negociações para a fusão que poderia criar a terceira maior montadora do mundo, de acordo com o Detroit Free Press.
O motivo?
Divergências entre as empresas e, claro, um jogo de poder que ninguém queria perder.
A Honda, tem valor de mercado de cerca de 7,92 trilhões de ienes (R$ 300,96 bilhões), mais de cinco vezes maior que o da Nissan, de 1,44 trilhão de ienes (R$ 56,131 bilhões).
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Enquanto a Nissan não gostou nada da ideia de se tornar uma subsidiária da Honda, algo que, segundo fontes, foi sugerido durante as conversas.
Para a montadora, o plano sempre foi uma fusão entre iguais, e não uma relação de “chefe e funcionário”. Já a Honda, por sua vez, estava preocupada com o ritmo da recuperação da Nissan e com os riscos que a empresa enfrenta no mercado.
E o impacto disso?
As ações da Nissan despencaram mais de 4% na Bolsa de Valores de Tóquio, enquanto os investidores da Honda respiraram aliviados, fazendo os papéis da empresa subirem mais de 8%.
O mercado parece ter dado seu veredito sobre quem sairia ganhando nessa história.
A Nissan, que ainda está tentando se reerguer depois da turbulência deixada pela prisão de Carlos Ghosn em 2018, agora terá que continuar sua recuperação sozinha.
Com a concorrência cada vez mais acirrada de marcas chinesas como a BYD e a transição acelerada para veículos elétricos, a montadora japonesa tem um grande desafio pela frente.
E não para por aí
A incerteza política nos EUA também entrou na jogada. A possibilidade de novas tarifas comerciais contra o México, um dos principais polos de produção da Nissan preocupa investidores e pode complicar ainda mais os planos da marca.
A Renault, parceira de longa data da Nissan, já havia sinalizado que não se oporia à fusão. Mas, por enquanto, parece que esse casamento automotivo vai ficar só na teoria.
Além disso, a Reuters noticiou que, Nissan e Honda disseram em declarações separadas que o relatório Nikkei não se baseou em informações anunciadas pelas empresas e que pretendiam finalizar uma direção futura até meados de fevereiro.
Fonte: autoo