Neurônios não morrem, como se pensava. Descoberta ajuda contra Alzheimer e Parkinson

A ciência acaba de descobrir que os neurônios não morrem, como se pensava por décadas. Estudos anteriores diziam que o envelhecimento do cérebro acontecia pela perda irreversível dessas células e, aos poucos, ia “apagando” a memória. Mas tudo mudou.
Um novo estudo publicado na revista científica Nature acaba de virar essa ideia de cabeça para baixo: nossos neurônios não desaparecem em massa, eles apenas se tornam menos eficientes.
Com a descoberta o desafio agora é trabalhar contra o enfraquecimento dos genes que mantêm a memória em funcionamento.
O que a ciência acreditava antes
Até agora, os pesquisadores explicavam o envelhecimento cerebral por dois principais fatores:
Essas ideias guiaram os tratamentos atuais, focados em aliviar sintomas ou combater proteínas defeituosas. Mas ainda faltava entender o que realmente acontece com as células saudáveis à medida que envelhecemos.
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O que o novo estudo revelou
A pesquisa analisou mais de 360 mil células do córtex pré-frontal, região ligada à memória, atenção e tomada de decisões, em cérebros que iam de recém-nascidos a centenários.
O trabalho traz informações inéditas:
Nos primeiros anos de vida, os cientistas observaram neurônios e astrócitos imaturos em pleno desenvolvimento. Já na velhice, o que diminui são as células precursoras da mielina, responsáveis por ajudar na regeneração das conexões. Isso explica por que o cérebro jovem tem mais plasticidade e capacidade de recuperação.
O que muda na prática
Segundo especialistas, o estudo representa uma virada de chave. Em vez de tratar apenas as consequências do envelhecimento, a ciência passa a olhar para as causas moleculares. Isso pode abrir espaço para:
Próximos passos
A descoberta mostra que o cérebro envelhece em sintonia com o corpo, num processo de desgaste global. Mas o fato de os neurônios continuarem vivos traz uma perspectiva positiva:
Mais do que aliviar sintomas, a ciência pode estar perto de retardar, de verdade, o relógio biológico do cérebro.
Vai ciência!
Fonte: sonoticiaboa