A reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, marcou o que Geraldo Alckmin classificou como o passo mais significativo para a reaproximação bilateral. O presidente em exercício destacou que o gesto político abre espaço para avanços econômicos concretos.
O governo brasileiro mantém como prioridade a retirada da sobretaxa de 40% aplicada pelos EUA desde agosto, medida que atinge produtos industriais e do agronegócio e considerada desproporcional por Brasília. Segundo Alckmin, a tarifa média cobrada pelo Brasil de itens norte-americanos é de apenas 2,7%.
Cerca de 34% das exportações brasileiras aos Estados Unidos foram afetadas pelo tarifaço no último ano, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. O Brasil busca suspender temporariamente as cobranças e incluir mais produtos na lista de exceções, entre eles o café, que pode chegar a pagar 50% de imposto.
As equipes técnicas dos dois países devem iniciar novas rodadas de negociação nas próximas semanas, coordenadas por Alckmin e pelos ministros Mauro Vieira e Fernando Haddad. Trump considerou o encontro com Lula “muito bom”, mas evitou garantir mudanças imediatas.
Além das tarifas, os governos discutem a instalação de datacenters no Brasil e a atração de investimentos em energia renovável. Alckmin voltou a defender a aprovação das regras para o setor, consideradas essenciais para estimular novos aportes diante da alta demanda global por energia.
O presidente em exercício avaliou que a aproximação entre Lula e Trump representa um marco político para reposicionar o Brasil no cenário internacional e criar espaço para novas oportunidades econômicas.
adicione Dia de Ajudar às suas fontes preferenciais no Google Notícias
.
Fonte: cenariomt






