George Simion, representante da , avançou ao segundo turno da eleição presidencial na Romênia. Ele enfrentará Nicusor Dan, atual prefeito de Bucareste e nome apoiado pelo centro político do país.
Com quase 100% das urnas apuradas, Simion conquistou 40,93% dos votos. Dan ficou em segundo lugar, com 20,98%. O segundo turno deve ser realizado em 18 de maio.
O presidente romeno exerce funções limitadas no Executivo. Os poderes incluem o comando das Forças Armadas e a presidência do Conselho de Segurança Nacional — órgão responsável por decisões sobre apoio militar e defesa estratégica.
Simion entrou na disputa como alternativa à candidatura de Calin Georgescu, inicialmente escolhido como representante da ala nacionalista, porém barrado pela Justiça Eleitoral.
Georgescu, conhecido por declarações simpáticas à Rússia, havia surpreendido em votações anteriores, mesmo ao aparecer com baixos índices nas pesquisas. A eleição foi adiada em dezembro, depois que o conselho de segurança da Romênia revelou supostos “ataques híbridos russos” no processo eleitoral.
As autoridades convocaram e realizaram uma nova eleição em 4 de maio. No entanto, impediram Georgescu de concorrer novamente e não explicaram de imediato os motivos da decisão.
Em fevereiro, o Ministério Público abriu uma investigação contra Georgescu por incitação contra a ordem constitucional, apologia de grupos fascistas, informações falsas sobre financiamento e omissão de patrimônio.
Com sua saída, Simion assumiu a candidatura. Depois do resultado, ele declarou que pretende colocar Georgescu no poder caso vença a eleição, mencionando três possíveis caminhos: referendo popular, eleições antecipadas ou formação de coalizão parlamentar para nomeá-lo primeiro-ministro.
Nacionalista causa
A disputa atraiu atenção internacional. Segundo o jornal britânico BBC, Washington D.C., Kiev e Moscou acompanham com apreensão os desdobramentos eleitorais na Romênia, país estratégico para a segurança do flanco oriental da .
A Romênia abriga um sistema de defesa antimísseis dos Estados Unidos e três grandes bases aéreas utilizadas em missões de policiamento aéreo até a fronteira com a Ucrânia e a Moldávia.
Além disso, cerca de 70% dos grãos exportados pela Ucrânia passam pelas águas territoriais romenas rumo a Istambul. A Marinha romena realiza operações de desminagem na região, enquanto sua Força Aérea auxilia no treinamento de pilotos ucranianos para operar caças F-16.
Fonte: revistaoeste