O está custando à economia do cerca de 100 bilhões de libras por ano (equivalente a mais de 600 bilhões de reais), com efeitos que passam desde investimentos empresariais até a capacidade de empresas de contratar trabalhadores. A análise, que pinta um quadro sombrio dos danos causados, foi publicada pela Bloomberg Economics na segunda-feira 30, três anos depois que a saída do Reino Unido da União Europeia entrou em vigor.
Segundo Ana Andrade e Dan Hanson, economistas que participaram da análise, a economia é 4% menor do que poderia ter sido, com o investimento empresarial diminuindo significativamente e o déficit de trabalhadores aumentando.
O fraco desempenho é parcialmente explicado pelo investimento empresarial, uma vez que as empresas suspendem as decisões de gastos devido à incerteza sobre o que significaria a vida fora da UE. Já no âmbito da força de trabalho, a análise estima que há 370.000 trabalhadores da UE a menos empregados no Reino Unido do que haveria se o país tivesse permanecido no bloco.
A análise da Bloomberg deixa claro que o desempenho econômico do Reino Unido começou a divergir do resto do G7, o grupo dos 7 países mais industrializados do mundo, após a votação em 2016 para deixar a UE. Com cerca de 9% do PIB, o investimento empresarial fica abaixo da média do Grupo dos Sete de 13%.
Em meados do ano passado, um estudo com cidadãos da União Europeia que vivem no Reino Unido revelou que, seis anos após o voto do Brexit, ainda existe uma “ferida aberta” devido à saída do país do bloco. Os entrevistados disseram que se sentem traídos e desconfiados em relação a Reino Unido.
A pesquisa da Universidade de Birmingham em parceria com a Universidade de Lancaster entrevistou cidadãos de 22 países da União Europeia que vivem no Reino Unido há mais de cinco anos e continuaram lá após o Brexit. Os resultados mostraram “um impacto profundo e duradouro na vida e no senso de identidade e pertencimento dos cidadãos da União Europeia no Reino Unido”.
Fonte: Veja