Os soldados russos que estão na linha de frente na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, enviaram uma carta ao governador local indicado pela Rússia nesta terça-feira, 8, dizendo que foram lançados a uma “batalha incompreensível”, diz um famoso blog militar russo.
O documento teria sido enviado pelos homens da 155ª Brigada dos Fuzileiros Navais da Frota do Pacífico da Rússia para o governador de Krai do Litoral, Oleg Kozhemyako.
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“Mais uma vez fomos lançados em uma batalha incompreensível pelo general Muradov e seu cunhado, seu compatriota Akhmedov, para que ele pudesse ganhar um bônus para favorecê-lo aos olhos do Chefe do Estado-Maior da Rússia”, diz a carta.
O texto diz ainda que, como resultado da ofensiva planejada pelos grandes comandantes, cerca de 300 soldados foram mortos ou feridos e alguns estão desaparecidos há quatro dias. Além disso, os autores dizem que 50% do equipamento foi perdido ou destruído e que o número de baixas está sendo manipulado por Akhmedov juntamente com o comando distrital, por medo de serem responsabilizados pelas baixas.
“Por quanto tempo essas mediocridades como Muradov e Akhmedov poderão continuar planejando as ações militares apenas para manter as aparências e ganhar prêmios ao custo da vida de tantas pessoas?”, indaga a carta ao governador.
A publicação feita pelo blog não diz com clareza quantos homens assinaram o documento e nem suas patentes, mas Kozhemyako confirmou que recebeu uma carta dos soldados da unidade. O Kremlin ainda não se manifestou.
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Também nesta terça, um funcionário de alto escalão do Exército ucraniano na região de Luhansk, ao leste, disse que suas tropas continuam avançando apesar do “enorme número” de reservistas russos que estão chegando para o combate.
“Deve-se levar em conta que existem certas especificidades da região de Luhansk: as tropas de ocupação russas conseguiram trazer um grande número de reservistas lá, conseguiu construir estruturas defensivas, minerou uma área muito grande, então o avanço é bastante cauteloso”, disse Serhiy Hayday à emissora de televisão do país.
As duas regiões, juntamente com Kherson e Zaporizhzhia, fazem parte das quatro províncias anexadas pela Rússia em setembro. No entanto, toda a área tem sido foco de uma grande contra-ofensiva ucraniana, que já conseguiu recuperar grande parte do território ocupado desde o início da guerra, em 24 de fevereiro.
Para tentar mudar o curso da guerra, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma mobilização parcial que previa a convocação de 300 mil reservistas para serem enviados à Ucrânia. Apesar de um início conturbado que ocasionou uma série de críticas ao governo, a medida teve fim com mais de 220 mil soldados convocados.
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“Os russos estão tentando fazer algumas ações contra-ofensivas incompreensíveis. Há um número muito grande de recém-mobilizados”, afirma Hayday.
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Fonte: Veja