A Rússia anunciou, nesta terça-feira, 14, que colocou em serviço o míssil balístico intercontinental RSM-56 Bulava, lançado por submarinos. O anúncio acontece uma semana depois de o presidente Vladimir Putin ameaçar o Ocidente com uma guerra nuclear.
Essa arma é considerada uma das mais poderosas já desenvolvidas. O confirmou que o míssil está em situação operacional, depois de um longo processo de desenvolvimento. Trata-se de arma estratégica avançada, com poucas chances de ser interceptada.
O míssil pode transportar até seis ogivas nucleares. Além disso, tem um alcance estimado de 8 mil quilômetros.
O RSM-56 Bulava é lançado desde um submarino e possui três estágios. Os dois primeiros com combustível sólido para máxima potência e o terceiro com combustível líquido para poder fazer manobras.
Líder da Rússia ameaça o Ocidente
Putin tem utilizado ameaças nucleares desde que começou a invasão na Ucrânia. Recentemente, sugeriu que o apoio do Ocidente a Kiev poderia resultar em um conflito nuclear. “O apoio ocidental a Kiev pode levar a um conflito atômico”, afirmou Putin.
O líder russo visa a impedir a entrega de armas mais avançadas aos ucranianos, um objetivo que tem alcançado em grande parte. A situação piorou depois de o Reino Unido indicar que seus mísseis de cruzeiro poderiam ser usados por Kiev contra alvos na Rússia. Além disso, a França sugeriu a possibilidade de enviar tropas à Ucrânia.
Submarinos armados com mísseis
Os submarinos armados com mísseis são considerados especialmente perigosos. Isso porque esse tipo de armamanto consegue chegar próximo à costa inimiga.
Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos calculavam que um míssil balístico intercontinental levaria cerca de 30 minutos para atingir o território norte-americano — a partir da União Soviética.
Atualmente, a Rússia opera 12 submarinos nucleares, capazes de lançar mísseis balísticos, com sete da classe Borei, desenvolvida depois do colapso da União Soviética, em 1991.
O RSM-56 Bulava foi projetado especificamente para esses submarinos, com os primeiros testes iniciados em 2004.
Apesar de um alto índice de falhas, um teste bem-sucedido em novembro de 2023 foi determinante para sua operação final.
Fonte: revistaoeste