O primeiro-ministro israelense, benjamin netanyahu, disse neste domingo, 10, que autorizou a explosão de pagers no Líbano em 27 de setembro. O ataque resultou na morte do líder do grupo , Hassan Nasrallah.
A ação foi confirmada pelo porta-voz do premiê, Omer Dostri. De acordo com o jornal Times of Israel, a revelação foi feita durante uma reunião do Conselho de Ministros.
A decisão de prosseguir com o ataque contrariou a opinião de alguns militares, inclusive o ex-ministro Yoav Gallant. Ele foi demitido por Netanyahu na última quarta-feira, 6, depois de uma “crise de confiança”
O ataque começou a ser planejado em 2022, antes da ofensiva do grupo Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023. Agentes da Mossad, inteligência israelense, se infiltraram no Hezbollah.
Depois das explosões, uma reportagem do new york times revelou que Israel teria criado uma empresa de fachada para produzir pagers enviados ao Líbano.
Os ataques ocorreram nos subúrbios ao sul de Beirute e em várias regiões do sul e oeste do Líbano.
O embaixador iraniano no Líbano, Mojtaba Amani, foi levemente ferido. As forças de defesa de israel não comentaram oficialmente o incidente na ocasião.
O pager é uma tecnologia desenvolvida nas décadas de 1950 e 1960, que alcançou grande popularidade entre 1980 e 1990, antes da ascensão dos celulares. No Brasil, eram conhecidos como “bipes” e funcionavam com transmissões de rádio para enviar e receber mensagens. Cada dispositivo tinha um código semelhante a um número de telefone.
Para enviar uma mensagem, era necessário contatar uma central telefônica e informar o número para o qual o conteúdo deveria ir. Ele precisava ser breve e, depois do envio, a mensagem aparecia na tela do pager do destinatário.
Os pagers podiam ser unidirecionais, apenas com o recebimento de mensagens, ou bidirecionais, que permitia também respostas. O avanço de outras tecnologias fez com que o uso dos pagers diminuiu.
Atualmente, são utilizados como forma de reduzir riscos de invasões, já que funcionam com ondas de rádio e não com internet, o que tornaria a invasão mais difícil.
Fonte: revistaoeste