Dois anos depois que as contas do ex-presidente dos , , terem sido suspensas no Facebook e no Instagram, a Meta, dona das duas plataformas, informou nesta quarta-feira, 25, que vai restabelecer o acesso do republicano às redes sociais.
O antigo chefe do Executivo dos EUA, que tinha a conta mais seguida no Facebook, teve suas contas suspensas no dia 7 de janeiro de 2021, um dia depois de centenas de pessoas invadirem o Capitólio em seu nome. A empresa comunicou que baniu Trump dos serviços de mídia porque suas postagens corriam o risco de incitar mais violência.
De acordo com a Meta, a decisão de reverter as proibições foi feita porque o risco à segurança pública foi “reduzido o suficiente”. A empresa também afirmou que vai acrescentar proteções para “impedir reincidências” no futuro.
“O público deve ser capaz de ouvir o que seus políticos estão dizendo – o bom, o mau e o feio – para que possam fazer escolhas informadas nas urnas”, comunicou o presidente de assuntos globais da Meta, Nick Clegg. “Mas isso não significa que não haja limites para o que as pessoas podem dizer em nossa plataforma. Quando há um risco claro de danos no mundo real – uma barreira deliberadamente alta para a Meta intervir no discurso público – nós agimos.”, finalizou.
Quando a Meta suspendeu as contas de Trump, o executivo-chefe da empresa, Mark Zuckerberg, afirmou que o uso do Facebook pelo então presidente para “tolerar, em vez de condenar, as ações de seus apoiadores no edifício do Capitólio perturbou com razão as pessoas nos Estados Unidos e em todo o mundo”.
Diversas postagens de Trump sobre a invasão foram removidas e inicialmente suas contas foram congeladas por um período de 24 horas. Desde então a empresa tem lutado para explicar a remoção do republicano, já que suas políticas têm padrões separados para figuras públicas que violam as regras da plataforma.
Em junho de 2021, a Meta informou que iria suspender a conta de Trump por pelo menos dois anos, mas que ainda iria pedir a opinião de seu Conselho de Supervisão, um órgão externo formado por especialistas internacionais, sobre a decisão.
Em outubro do mesmo ano, o conselho argumentou que a decisão de Zuckerberg era correta, no entanto, a suspensão indefinida de Trump “não era apropriada”, porque não era uma punição claramente definida nas regras de uso do Facebook. Além disso, em sua decisão, o conselho pediu a Meta que criasse diretrizes mais claras e transferiu a decisão de como lidar com as contas de Trump para executivos da Meta.
Atualmente, a empresa tem sido centro de debate sobre liberdade de expressão online e quem deve ter o poder de decidir o que pode ser postado e o que precisa ser removido. A suspensão de Trump nas redes sociais mostrou como elas influenciam o discurso público online.
Outras plataformas digitais, como o Youtube e o Twitter, também removeram a conta do ex-presidente na semana do ataque. No entanto, em novembro de 2022, Elon Musk, o CEO do Twitter, restabeleceu a conta de Trump no aplicativo, depois dos usuários votarem a favor em uma enquete sobre a volta do republicano à plataforma.
Apesar de ter tido sua conta reativada no Twitter, Trump ainda não fez nenhuma postagem. Já o Youtube ainda não informou se vai permitir o retorno do ex-presidente à plataforma.
Apesar da permissão, ainda não está claro se o postulante para a Casa Branca em 2024 vai voltar a utilizar o Facebook e o Instagram.
Segundo um documento enviado pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, Trump abriu mão de sua própria rede social, a Truth Social, única plataforma digital em que o republicano tem conta ativa.
Trump participa financeiramente em sua rede social e é obrigado a disponibilizar com exclusividade suas postagens seis horas antes de compartilhá-las em outro site. Porém, os post que se referem a mensagens políticas, arrecadação de fundos e iniciativas de votações podem ser compartilhados imediatamente em qualquer outro site.
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Fonte: Veja