A ditadura da Venezuela acusou na quarta-feira 16 que a líder opositora María Corina Machado de ter fugido para a Espanha, onde está exilado o representante da coalizão opositora, Edmundo González Urrutia. Horas depois, Machado desmentiu a declaração e afirmou que está na Venezuela.
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Em um ato na televisão, o ditador Nicolás Maduro disse que “a “, como ele costuma se referir de forma pejorativa a María Corina, saiu do país e fugiu para “um bom bar lá em algum lugar da Espanha”.
Embora Maduro não tenha mencionado nenhum nome, o ministro de Comunicação, Freddy Ñáñez, repetiu as declarações e confirmou se tratar de Corina. A sayona é uma personagem da cultura popular venezuelana que aparece como um fantasma para punir homens infiéis.
María Corina Machado nega ter saído do país
Logo depois da declaração de Maduro, María Corina cedeu entrevista à emissora EVTV e afirmou que continua no país. “Os venezuelanos sabem que estou aqui na Venezuela, as pessoas sabem, e também sabe, o que acontece é que estão desesperados para saber onde estou, mas eu não vou dar esse gostinho a eles.”
Corina ainda afirmou que Maduro “vive em um universo paralelo” e que sabe que foi derrotado nas eleições.
González, líder da principal coalizão opositora, chegou a Madri em 8 de setembro, depois de solicitar asilo por causa da perseguição política e judicial imposta pela ditadura de Maduro.
Depois da saída do opositor, María Corina, que afirma estar “na clandestinidade”, por temer por sua vida e liberdade, reiterou que segue na luta a partir da Venezuela, enquanto González o fará “de fora”.
Além disso, em 30 de setembro, a ex-deputada, em seu discurso de agradecimento por videoconferência ao ganhar o Prêmio Václav Havel de Direitos Humanos, reiterou que vai “continuar lutando junto com o povo venezuelano”.
Fonte: revistaoeste