O ditador da Venezuela, , afirmou que seu país “tem o sistema eleitoral mais confiável, transparente e auditado do mundo”. A declaração ocorreu no programa Con Maduro+, transmitido pela TV estatal venezuelana, na segunda-feira 1º.
Maduro classificou as preocupações internacionais sobre a não confirmação da candidatura da opositora Corina Yoris para as eleições de julho como um “circo” da direita.
“Começou o circo, começou a campanha, há nervosismo em Washington, há nervosismo nos sobrenomes da oligarquia, há nervosismo na direita regional”, afirmou o ditador. “Deixem de ser nervosos.”
Maduro insistiu em que a Venezuela possui o sistema eleitoral “mais confiável, transparente e auditado do mundo”. O ditador também acusou os Estados Unidos de liderarem uma “campanha” contra o sistema eleitoral do país sul-americano.
Corina Yoris, da oposição de Maduro, fica fora de processo eleitoral na Venezuela
no site do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O órgão é responsável pelas eleições no país.
O prazo terminou às 23h59 de 25 de março, e Corina Yoris — — ficou fora da disputa.
Corina Yoris declarou que estava sem acesso ao sistema do CNE e não conseguia realizar sua inscrição para a disputa. No dia seguinte, em 26 de março, o Itamaraty divulgou uma nota em que expressa preocupação com o processo eleitoral do país.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) brasileiro, o impedimento configura uma violação ao Acordo de Barbados. Pelo acerto, a Venezuela assegurou a realização de eleições livres em troca do fim das sanções comerciais lideradas pelos EUA.
“O Brasil está pronto para, em conjunto com outros integrantes da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia fortaleça na Venezuela”, afirmou o Itamaraty.
A declaração do MRE, que evitou criticar diretamente a ditadura socialista que domina o país vizinho, desagradou Caracas, que a classificou como “cinzenta e intrometida”. Além disso, a equipe de Maduro afirmou que a posição da pasta do governo brasileiro parece ter sido “ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”.
Fonte: revistaoeste