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Guerra na Ucrânia: Batalha muda para cidade ‘pós-apocalíptica’ de Avdiivka

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O comandante das forças terrestres da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi, afirmou nesta segunda-feira, 27, que o país está estruturando uma nova estratégia de combate contra a Rússia. A declaração veio depois que Moscou mudou o foco de sua ofensiva da cidade de Bakhmut, no leste ucraniano, para uma cidade ao sul, Avdiivka, descrita como pós-apocalíptica.

De acordo com Syrskyi, a Ucrânia pretende desgastar as forças russas o máximo possível antes de iniciar um contra-ataque em grande escala. Na semana passada, o militar declarou que a ofensiva ucraniana pode ocorrer “muito em breve”.

O comandante visitou os soldados ucranianos na linha de frente do leste do país e acrescentou que defender Bakhmut é uma “necessidade militar”. Autoridades ucranianas já declararam que a situação está começando a se “normalizar” na cidade.

A violência da batalha na província, no entanto, não parece ter diminuído. Nesta segunda-feira, 27, um vídeo de militares ucranianos mostrou fumaça saindo de prédios residenciais em ruínas e soldados mortos em campo aberto e em trincheiras em Bakhmut. Moscou nega ter civis como alvo.

“Estamos a calcular todas as opções possíveis para o desenvolvimento dos eventos, e vamos reagir adequadamente à situação atual”, disse Syrskyi.

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Na semana passada, foi emitido um alerta de que Avdiivka, uma cidade a 90 quilômetros ao sul de Bakhmut, pode se tornar o próximo alvo russo. Ambas as cidades foram reduzidas a escombros nos combates dos últimos meses.

“Fico em dizer isso, mas Avdiivka está se tornando cada vez mais um lugar de filmes pós-apocalípticos”, disse Vitaliy Barabash, chefe da administração militar da cidade. Apenas 2 mil habitantes, de uma pré-guerra de 30 mil, permanecem no local.

Ameaça nuclear

Após declarações de que a guerra na Ucrânia poderia escalar para o uso de armas nucleares, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que já havia fechado um acordo para estacionar armas nucleares táticas na vizinha Belarus. O plano dos dois países é mandar um recado à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre o seu apoio as tropas ucranianas.

Putin ainda comparou seu plano com a estratégia dos Estados Unidos de posicionar armas na Europa, insistindo que Moscou não violaria suas promessas de não proliferação nuclear. Belarus e Rússia têm uma relação próxima e chegou a permitir que o Kremlin usasse seu território como ponto de partida para a invasão da Ucrânia em 2022.

No último domingo, 26, Putin afirmou que as potências ocidentais estão construindo um “eixo”, semelhante à parceria entre a Alemanha e o Japão durante a Segunda Guerra Mundial.

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Analistas se preocupam com o comportamento da Rússia, que se orgulhava de nunca ter empregado armas nucleares fora de suas fronteiras, ao contrário dos Estados Unidos. Esta pode ser a primeira vez desde meados da década de 1990.

Washington, contudo, minimizou a possibilidade dessas armas serem de fato aplicadas.

“Posso dizer que não vimos nada que indicasse que Putin está se preparando para usar armas nucleares táticas de qualquer maneira na Ucrânia”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby. “E também posso dizer que não vimos nada que nos levasse a mudar nossa própria postura estratégica de dissuasão nuclear.”

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Fonte: Veja

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