Ao longo da semana, vários países anunciaram que vão exigir testes de Covid-19 para passageiros chineses, expressando a preocupação global com a possibilidade de novas variantes surgirem no surto que afeta o país asiático. Após flexibilizar uma série de medidas para se distanciar da polêmica política de Covid Zero, a China vive uma explosão de casos da doença e o governo não consegue dimensionar a real situação.
Até o momento, não há indícios do aparecimento de novas variantes em território chinês, mas a forma como o Partido Comunista agiu no surgimento do vírus, em 2019, deixa a comunidade internacional receosa. Como a contagem de casos e mortes foi encerrada pelo governo, há a preocupação de que novas cepas estejam em desenvolvimento sem o devido acompanhamento.
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Estados Unidos, Japão, Índia, Coreia do Sul, Taiwan e Itália estão entre as nações que anunciaram medidas de restrição a voos vindos da China, alegando o aumento explosivo no número de infecções e a falta de informações a respeito do coronavírus no país.
O verdadeiro número de casos e mortes na China é incerto, uma vez que o governo anunciou que pararia de divulgar os dados necessários – apenas os óbitos por pneumonia ou crises respiratórias estão sendo computados. No entanto, relatos apontam para hospitais sobrecarregados e uma alta taxa de morte entre os idosos.
Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, disse nesta quinta-feira que vários países não mudaram suas políticas para viajantes da China e afirmou que as medidas devem ter o objetivo de tratar pessoas de todos os países de maneira igual.
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Com o surto de infecções, a probabilidade do surgimento de novas variantes é alta, embora isso não signifique que elas serão responsáveis por novas explosões de casos ao redor do mundo. Segundo o epidemiologista-chefe do Centro de Controle de Doenças da China, o governo instaurou um sistema de vigilância para detectar qualquer alteração no vírus em tempo hábil. Ele confirmou ainda que o país nunca deixou de relatar nenhuma cepa.
Reino Unido e Alemanha disseram que estão monitorando de perto os casos, mas por enquanto não estão planejando nenhum tipo de restrição. A União Europeia como um todo, por sua vez, segue pelo mesmo caminho e divulgou que há indícios de que a variante predominante na China no momento já está em circulação pela Europa.
Já o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o órgão precisa de mais informações a respeito da gravidade da situação no país, principalmente sobre internações em hospitais e unidades de tratamento intensivo.
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Após manter a polêmica política de Covid Zero por quase três anos, o Partido Comunista cedeu à pressão popular e aliviou uma série de restrições de uma só vez, acabando com a obrigatoriedade de testes, quarentenas em massa e restrições de viagens. Com a abertura abrupta, o número de infecções disparou nas últimas semanas e há relatos de hospitais e clínicas sobrecarregadas em várias partes do país.
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Fonte: Veja