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Ditadura de Maduro pede prisão de Javier Milei: entenda o caso

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O governo do ditador venezuelano Nicolás Maduro iniciou uma investigação e pretende solicitar a prisão do presidente argentino, Javier Milei, e de suas ministras Karina Milei (Secretaria-Geral) e Patricia Bullrich (Segurança).

O anúncio foi feito pelo procurador-geral Tarek William Saab, aliado próximo de Maduro, na quinta-feira 18. De acordo com Saab, a investigação envolve a alegação de de um avião venezuelano por Buenos Aires, além de “graves violações de direitos humanos” no governo de Milei.

Saab informou que um tribunal em Caracas começaria a analisar o caso em breve. A Justiça venezuelana, dominada pelo chavismo, tende a dar um significado simbólico à medida, apesar de seu impacto prático ser limitado.

Governo de Javier Milei fez contra Maduro

A ação ocorre na mesma semana em que avança na Justiça argentina um processo que pode pedir a prisão de Nicolás Maduro e outros líderes chavistas, como Diosdado Cabello, atual ministro do Interior.

Essa acusação sugere que os líderes venezuelanos estabeleceram a pior ditadura cívico-militar na região através da repressão. Ex-presos políticos e ex-deputados do pais, exilados na Argentina, têm contribuído com depoimentos para fortalecer as denúncias contra o regime de Maduro.

Tais denúncias estão sendo analisadas por um tribunal de Buenos Aires, com a colaboração de figuras como Patricia Bullrich, que apoia a ação.

Tanto a ação em curso na Argentina quanto a iniciada por Caracas baseiam-se no princípio da jurisdição universal, que permite a Estados e organizações reivindicarem jurisdição criminal independentemente de onde o foi cometido ou da nacionalidade do acusado.

Essas ações frequentemente envolvem crimes graves, como genocídio, crimes de , tortura ou desaparecimentos forçados. Elas são difíceis de avaliar de forma independente em sistemas judiciais autocráticos.

Investigações e sanções internacionais

Maduro e seu regime já enfrentam uma investigação no , apoiada pela Argentina desde que Milei assumiu a Presidência. Saab afirmou que a investigação contra Milei e suas ministras também se deve à apreensão de um avião cargueiro venezuelano na Argentina, a pedido dos Estados Unidos, devido a sanções internacionais.

Nicolás Maduro, em comício para comemorar a ‘eleição’ deste ano – 28/8/2024 | Foto: Fausto Torrealba/Reuters
Nicolás Maduro E Seu Regime Já Enfrentam Uma Investigação No Tribunal Penal Internacional | Foto: Fausto Torrealba/Reuters

O avião, um Boeing 747 de carga da Emtrasur, filial da estatal venezuelana Conviasa, foi enviado aos EUA e desmontado. A aeronave havia sido vendida à Venezuela pela Mahan Air, empresa iraniana.

Além disso, Saab designou procuradores para investigar possíveis violações de direitos humanos no governo Milei. Ele mencionou uma “repressão contra aposentados”, que protestavam contra o veto presidencial a uma recomposição das aposentadorias.

“O senhor representa um projeto de ultradireita dos mais retrógrados da política internacional”, disse Saab. “O senhor renunciou à soberania do seu próprio país.”

Tensões diplomáticas e a situação dos asilados

O governo de Javier Milei é um dos mais críticos ao regime de Nicolás Maduro na região. Após a expulsão da equipe diplomática argentina da Venezuela, a embaixada argentina em Caracas está sob do Brasil. Seis membros da campanha de Edmundo González e María Corina Machado estão asilados na embaixada argentina há meses. Um recente de forças de segurança à embaixada levou González a se exilar na Espanha.

Fonte: revistaoeste

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