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COP27: ‘Estamos na estrada para o inferno climático’, diz chefe da ONU

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Enquanto presidentes e primeiros-ministros de todo o mundo se reúnem nesta segunda-feira, 7, para dizer ao mundo o que estão fazendo para combater o aquecimento global, o secretário-geral das Nações Unidas deu mais uma de suas declarações apocalípticas sobre a crise climática: “Estamos em uma estrada para o inferno climático, com o pé no acelerador.”

António Guterres deu o tom para as negociações climáticas da COP27, lideradas pelas Nações Unidas, que começaram oficialmente no domingo 6. Segundo ele, os riscos acumulados de guerra na Ucrânia, mudanças climáticas e crise econômica afetam todos os continentes, mas atingem de forma mais dura as pessoas vulneráveis.

“Estamos na luta de nossas vidas e estamos perdendo”, disse Guterres em discurso de abertura na cúpula no Egito.

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As negociações começaram sob a sombra de novos dados sombrios: a Organização Meteorológica Mundial disse no domingo que os últimos oito anos foram, provavelmente, os mais quentes já registrados na história – incluindo todos os anos desde que os países se uniram em 2015 para criar o histórico Acordo de Paris. O objetivo era desviar a economia global dos combustíveis fósseis e desacelerar o aquecimento global.

O maior tema das negociações deste ano é a reparação que países ricos e industrializados (que respondem pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa) devem às nações que sofrem o maior impacto das mudanças climáticas.

Em seu discurso de abertura, o presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, pediu aos líderes mundiais que ajam com urgência para implementar seus compromissos.

“Não há tempo para retroceder. Não há espaço para hesitações”, disse. “Para o bem das gerações futuras, aqui e agora estamos diante de um momento histórico único, uma última chance de cumprir nossas responsabilidades.”

O evento é a 27ª sessão da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas, razão pela qual é conhecido como COP27. Mais de 44.000 pessoas se inscreveram para participar, incluindo representantes do governo, empresas e grupos da sociedade civil.

As negociações acontecem no final de um ano que viu ondas de calor extraordinárias no hemisfério norte, inundações catastróficas no Paquistão e na Nigéria e uma seca sem precedentes na China.

De acordo com uma lista divulgada pelas Nações Unidas, 110 chefes de estado e de governo devem discursar na conferência, um número maior do que em muitas conferências climáticas anteriores.

No caso do Brasil, entre as propostas a serem apresentadas está de se lançar como fonte de energia renovável, oferecendo o país como nação preferencial para investimentos internacionais pelas condições que possui de produzir energia de forma verde e sustentável.

“Uma vez que o Brasil consiga se posicionar de forma adequada em eventos climáticos globais, há uma oportunidade única de se tornar potência global em energia sustentável, bioeconomia e no mercado de carbono”, explica a advogada Helena Matos, especialista de relações Institucionais e Governamentais do escritório Di Blasi, Parente & Associados. “São três frentes distintas e interconectadas de produtividade e oportunidades para o país e para inciativa privada, tanto em termos de credibilidade internacional como em termos de desenvolvimento privado da indústria nacional”.

Fonte: Veja

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