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COP27: ‘Brasil escolheu parar a destruição da Amazônia’, diz Al Gore

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O ex-vice presidente americano Al Gore disse nesta segunda-feira, 7, que o “escolheu parar de destruir a Amazônia”, em referência ao resultado do turno das eleições durante discurso na Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, a COP27, no Egito.

Sem citar o do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, Al Gore, que ocupou a vice-Presidência dos Estados Unidos entre 1993 e 2001, ressaltou que é hora da “claridade moral frente à indiferença imprudente” e usou como exemplos recentes três países.

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“Nós precisamos de mais, mas temos a base para a esperança. Apenas dias atrás, o povo do Brasil escolheu parar com a destruição da Amazônia. Mais cedo neste ano, o povo da Austrália escolheu começar a liderar a revolução da energia renovável. Mais cedo neste ano, o povo do meu país escolheu líderes que finalmente implementaram a maior e mais ambiciosa legislação ambiental da História do mundo”, disse ele,

Ao falar da Austrália, o ex-vice-presidente fez referência à vitória do Partido Trabalhista pela primeira vez em quase 10 anos, que chegou ao poder com a promessa de uma agenda com um olhar mais atento à questão ambiental. 

Já no caso dos Estados Unidos, Al Gore se referiu ao pacote trilionário apresentado pelo atual presidente, Joe Biden, para uma transição climática. O pacote, no entanto, só foi aprovado após uma série de mudanças e perdeu o valor total proposto inicialmente. 

Em seu discurso, o americano, que já venceu o Prêmio Nobel da Paz pela contribuição em obter e disseminar informações sobre o desafio climático, também comentou a fala do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que disse que o mundo está em uma “estrada para o inferno climático”. 

“Precisamos tirar o pé do acelerador. Precisamos obedecer a primeira lei dos buracos: quando estiver em um, pare de cavar. Temos que parar de piorar essa crise”, afirmou. 

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Para corroborar seus argumentos, Al Gore citou as enchentes do Paquistão e as ondas de calor que assolaram o hemisfério Norte no último verão e reforçou que as áreas inabitáveis do mundo irão crescer nos próximos anos. Ele citou também a corrida pelo gás natural na África, afirmando que o continente pode ser um fator positivo na luta contra as mudanças climáticas.

Por fim, Al Gore aproveitou sua fala para criticar os líderes mundiais, dizendo que há um mau desempenho geral no combate às mudanças climáticas e que lhes falta credibilidade.

“Todos nós temos um problema de credibilidade: estamos falando e começando a agir, mas não estamos fazendo o suficiente”, completou. 

Pouco após ter vencido as eleições presidenciais, Lula confirmou presença na Conferência, à convite do presidente do Egito, Fatah al-Sissi. Ele participará do evento entre os dias 14 e 18 de novembro com o objetivo de recolocar o Brasil nos debates sobre o clima, à medida que ambientalistas criticam as políticas ambientais adotadas ao longo dos quatro anos de governo de Jair Bolsonaro.

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A decisão do novo presidente corrobora com o discurso feito por ele que venceu as eleições, ao afirmar que “o Brasil é grande demais para ser relegado a pária no mundo” e que os líderes globais sentem falta do país tanto nos eventos internacionais quanto na cooperação bilateral ou multilateral perene. 

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