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Comissão Interamericana de Direitos Humanos critica ditadura de Maduro por ‘terrorismo estatal’: pronunciamento alarmante.

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A Comissão Interamericana de Direitos Humanos () criticou a ditadura de Nicolás Maduro e declarou que a reeleição do chavista é ilegítima. Em relatório divulgado na última terça-feira, 7, o órgão afirmou que o regime pratica “terrorismo estatal” para incutir medo nos cidadãos.

O documento, intitulado “Venezuela: graves violações dos direitos humanos no contexto eleitoral”, menciona uma estratégia repressiva atribuída ao regime de Maduro. O relatório destaca a prática de “terror” para silenciar as vozes dos venezuelanos que são contra a ditadura.

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Uma Cópia Dos Registros Eleitorais É Anexada A Uma Bandeira Venezuelana Enquanto Manifestantes Se Reúnem No Dia De Uma Marcha Convocada Pela Líder Da Oposição Venezuelana Maria Corina Machado, Em Meio À Disputada Eleição Presidencial, Em Caracas, Venezuela — 17/8/2024) | Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters

“Entre as violações documentadas estão: execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados de curta duração, detenções arbitrárias, tortura e outros tratamentos cruéis”, listou a CIDH. “Desumanos e degradantes, cancelamento de passaportes, mortes violentas e inúmeras violações das garantias judiciais e da liberdade de expressão.”

Uso da força política no regime de Maduro

Além disso, a CIDH destacou o uso da força da polícia de Maduro para matar, ferir e sequestrar pessoas na Venezuela. Além de realizar a prática de censura e restrições da liberdade de expressão.

O documento também menciona falas de Maduro dirigidas à população com o objetivo de amedrontá-la. Como a que ocorreu em 17 de julho de 2024. Na ocasião, o ditador falou sobre um “banho de sangue” em caso de a oposição conseguir assumir o poder.

Outro caso ocorreu em 5 de agosto do ano passado. Durante um ato público, Maduro fez referência à Operação Tun Tun, cujo nome alude às batidas nas portas das residências de pessoas perseguidas pelo regime chavista.

O ditador chegou a cantar uma música de Natal cuja letra diz: “Não seja chorão, você vai para o Tocorón”, em alusão a um centro penitenciário localizado no Estado de Aragua.

Repressão a jornalistas

Em 7 de agosto de 2024, o então deputado Diosdado Cabello, hoje ministro do Interior, disse em um programa de televisão que, durante a Operação Tun Tun, jornalistas seriam presos.  

Além disso, a CIDH afirma que a ditadura de Maduro executou uma estratégia planejada para impedir a participação política da oposição.

Maria Corina Machado oposição Venezuela
Regime De Maduro Está Mais Isolado Do Que Nunca, Diz Maria Corina Foto: Rs/Fotos Públicas

O relatório lembra que os resultados oficiais da eleição ainda não foram divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). 

Enquanto isso, a oposição afirma ter compilado mais de 80% das atas digitalizadas em nível nacional. De acordo com essas atas, o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, teria obtido 67% dos votos.

Ex-candidato venezuelano preso

Na noite da última terça-feira, 7, Enrique Márquez, ex-candidato presidencial e ex-vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, . A organização exigiu que o regime de Maduro fornecesse informações sobre o paradeiro do político.

“Durante a noite deste 7 de janeiro, o desaparecimento forçado de Enrique Márquez é conhecido oficialmente”, escreveu a ONG, nas redes sociais. “Exigimos que o Estado venezuelano pare com a perseguição e dê respostas sobre o seu paradeiro!”

Márquez, do partido Centrados, havia contestado a decisão da Câmara Eleitoral que validou a vitória de Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho de 2024. Ele também declarou que solicitaria ao Supremo Tribunal de Justiça a anulação dessa decisão.

Nesta quinta-feira, 9, dois dias depois da divulgação do relatório da CIDH, a líder opositora María Corina Machado foi presa, enquanto participava de manifestação contra a ditadura bolivariana. .

Mesmo sob acusação de frade durante o processo eleitoral, Maduro será empossado para mais um mandato nesta sexta-feira, 10. Países boicotam a solenidade e falam em regime opressor e ditatorial, em sintonia com a CIDH. O governo brasileiro, no entanto, participará do evento, .

Fonte: revistaoeste

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