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Cinco ministros deixam governo de Zelensky na Ucrânia: Entenda as mudanças na equipe

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Pressionado pela escalada da guerra aérea e pelos avanços russos no leste da Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky promoveu a maior mudança em seu gabinete desde a invasão do país pela Rússia, em fevereiro de 2022. Ao todo, cinco ministros deixaram seus cargos no decorrer dos últimos dias.

Nesta quarta-feira, 4, o governo ucraniano demitiu o chanceler Dmitro Kuleba. Na véspera, o comando ucraniano dispensou o ministro da Indústria Armamentista, Oleksandr Makyshin, e outros quatro membros do gabinete.

Os titulares do ministérios da Justiça (Denys Malisuka), do Meio Ambiente (Ruslan Strilets) e da Reintegração (Iryna Vereshchuk) deixam o primeiro escalação do governo ucraniano. Além disso, Olha Stefanishyna deixou o cargo de vice-primeira-ministra.

Com essas mudanças, metade dos 22 postos ministeriais de Zelensky está sem titulares, considerando as demissões ao longo do ano. Em , o então ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, já havia sido substituído.

Nesta quarta, o Parlamento em Kiev iniciou a votação dos novos sucessores. Zelensky justificou as mudanças em uma na véspera.

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“O outono será extremamente importante para a Ucrânia”, afirmou o presidente ucraniano. “E nossas instituições estatais precisam estar configuradas de forma que a Ucrânia alcance os resultados de que precisamos.”

Zelensky vai propor aos EUA “plano de vitória’

No fim deste mês, o líder ucraniano pretende apresentar ao presidente norte-americano, Joe Biden, e aos candidatos à Presidência dos , Kamala Harris e Donald Trump, seu “plano da vitória” na guerra. Embora seu mandato tenha expirado em maio, Zelensky permanece no cargo devido à lei marcial que impede a realização de eleições.

Zelensky enfrenta diversas críticas. A principal refere-se à incursão em , na Rússia, cuja estratégia permanece incerta. Embora tenha humilhado Putin, dizem analistas, a decisão enfraqueceu as defesas ucranianas no leste, onde os russos avançam em Donetsk. Isso ameaça o controle de Kiev sobre o território.

Nesta quarta-feira, o Ministério da Defesa russo anunciou a conquista de um vilarejo na região de Donetsk. A tentativa de forçar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a negociar foi rejeitada, e a reação tem sido letal. Kiev convive com a destruição causada pela invasão russa no início da guerra.

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A escalada do conflito aéreo começou na semana passada, com o maior ataque de drones e mísseis do conflito. No domingo 1º, a Ucrânia respondeu com uma ação de drones contra alvos na Rússia.

A porta-voz russa, Maria Zakharova, afirmou que a resposta seria “imediata e muito dolorosa”. Na véspera, um ataque com mísseis em Poltava deixou 51 mortos.

Ministro da defesa russa examina equipamentos militares e verifica cumprimento de ordem para o desenvolvimento de armas avançadas nos arredores de Moscou | Foto: Serviço de Imprensa do Ministério da Defesa Russo/EFE
Ministério De Defesa Da Rússia Admitiu Ter Atacado Centro De Treinamento Militar | Foto: Divulgação/Serviço De Imprensa Do Ministério Da Defesa Russo

O governo Zelensky condenou a ação e pediu armas de longo alcance aos aliados ocidentais, destacando que o alvo de era militar. O Instituto de Comunicações de Poltava, atingido na terça-feira 3, treina cadetes e soldados das Forças Armadas de Kiev. 

O Ministério da Defesa russo confirmou que o ataque mirou um “centro de treinamento militar ucraniano com instrutores estrangeiros”.

O sigilo sobre a investigação aumenta a suspeita de que os russos sabiam onde estavam atirando.

Voluntários tentam retirar sobreviventes dos escombros de hospital infantil em Kiev, na Ucrânia
Bombardeios Em Kiev São Uma Das Grandes Preocupações Na Atual Estratégia Militar Da Ucrânia | Foto: Reprodução/Twitter/X

Apesar da proporção de abates, a intensidade dos bombardeios desafia a capacidade de defesa aérea de Kiev. A chegada gradual de caças F-16 norte-americanos doados por europeus não resolve o problema. Um dos aviões já foi perdido em combate. 

A Romênia anunciou a doação de uma bateria antiaérea Patriot, mas Zelensky disse que seriam necessárias dezenas para uma proteção eficaz. 

A reforma do gabinete de Zelensky ocorre em um momento crítico do conflito. Ele já havia trocado a chefia das Forças Armadas no início do ano. A operação em Kursk, inicialmente vista como um sucesso, agora pode se voltar contra ele.

Fonte: revistaoeste

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