Diante do impacto da pandemia e da fragilidade do setor imobiliário na segunda maior economia do mundo, o Banco Mundial cortou nesta terça-feira, 20, a previsão de crescimento econômico da China em 2022 de 2,8%, anunciada em setembro, para apenas 2,7%.
O corte é ainda maior se comparado a projeções anteriores. Em junho deste ano, a instituição previu que a economia chinesa cresceria 4,3%. Todos os números estão abaixo da meta oficial chinesa de 5,5%, um crescimento que analistas consideram impossível.
“A atividade econômica na China segue os altos e baixos da pandemia: surtos e desacelerações no crescimento seguidos por recuperações desiguais”, afirmou o Banco Mundial em um comunicado. A previsão é de que o crescimento real do PIB alcance 2,7%, antes de uma recuperação a 4,3% em 2023 com a reabertura da economia”.
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Os três anos de confinamento aumentaram gastos de saúde, como testes de Covid-19 em larga escala e quarentenas prolongadas, que sufocaram atividades comerciais e afetaram cadeias produtivas no mundo inteiro.
Além disso, a economia foi profundamente afetada devido às restrições de viagens. Mesmo que o país tenha abandonado a política Covid Zero no fim de novembro, ainda existem surtos de casos e algumas restrições permanecem em vigor.
O Banco Mundial ressaltou, ainda, que o setor imobiliário, responsável por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) anual do país, também sangra devido à falência de empresas da área e ao boicote de pagamentos de hipotecas pela população.
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O risco de eventos climáticos extremos, devido o aquecimento global, também é uma preocupação para o banco. Segundo a instituição, há uma conexão entre o avanço das mudanças climáticas com o declínio econômico mundial. Na Cop15, conferência de biodiversidade das Nações Unidas, inclusive, o acordo final implementou um aumento do Fundo Ambiental Global (GEF) das Nações Unidas, para financiar a preservação ambiental.
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Fonte: Veja