O Congresso do Peru aprovou na tarde desta quarta-feira, 7, a destituição do presidente Pedro Castillo, alegando incapacidade moral permanente.
A moção de afastamento do presidente estava marcada para as 17h. No entanto, os parlamentares decidiram adiantar a votação após Castillo decretar a dissolução do Parlamento nesta manhã.
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Para que o impeachment fosse aprovado, pelo menos 87 votos favoráveis dos 130 parlamentares eram necessários. A votação terminou com 101 votos a favor, seis votos contra e 10 abstenções. De acordo com a sucessão constitucional, a vice-presidente Dina Boluarte deve assumir a chefia do Estado peruano.
No momento em que o impeachment contra Castillo estava sendo votado, Boluarte se manifestou por meio de suas redes sociais em repúdio ao que qualificou como um “golpe de estado”.
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“Rejeito a decisão de Pedro Castillo de quebrar a ordem constitucional com o fechamento do Congresso. É um golpe de Estado que agrava a crise política e institucional que a sociedade peruana terá que superar com estrito cumprimento da lei”, escreveu.
Após a votação, o Congresso convocou nova sessão ainda para esta quarta-feira para empossar a vice-presidente.
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Horas antes de ser destituído, o presidente decidiu dissolver temporariamente o Congresso e estabelecer um “governo de exceção”, estabelecendo medidas como toque de recolher, convocando novas eleições legislativas e pedindo a reescrita da Constituição.
O anúncio causou uma crise política e social. O sol peruano chegou a cair 1,7% em relação ao dólar após o anúncio, a maior queda intra-diária desde julho do ano passado.
Antes da votação, o Comando Conjunto das Forças Armadas (CCFFAA) e a Polícia Nacional do Peru (PNP) advertiram que não acatariam qualquer ato contrário à ordem constitucional.
Como se sabia, Pedro Castillo deixou o Palácio do Governo de Lima, acompanhado de seus familiares e sem prestar declarações à mídia, com destino ainda desconhecido. No momento, os cidadãos de Lima comemoram com buzinas e assobios a notícia da destituição do presidente Castillo.
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Fonte: Veja