Chuvas irregulares, secas prolongadas e eventos extremos como geadas e tempestades evidenciam como as mudanças climáticas estão mais constantes no país. O impacto vai além da produção agrícola, afetando a safra, os preços, a rentabilidade do produtor e o abastecimento dos produtos.
A nova realidade exige mais dos agricultores e pecuaristas, que precisam de segurança para enfrentar esses desafios e proteger a produção e a propriedade por meio dos seguros. Ao lado dos produtores há mais de 120 anos, o Sicredi possui portfólio completo de produtos e serviços, incluindo os seguros para lavouras, propriedade e maquinários.
De acordo com os dados mais recentes da Superintendência de Seguros Privados (Susep), em 2024, as seguradoras arrecadaram R$ 72,7 bilhões em prêmios, alta de 16% sobre 2023, e mais de R$ 16 bilhões foram pagos em indenizações, aumento de 6% em relação ao ano anterior.
Os seguros têm papel fundamental na manutenção e no apoio financeiro de quem depende da atividade agrícola para renda, sustento e sobrevivência, em especial em áreas onde o clima tem apresentado surpresas.

No Sicredi, a carteira de seguros agro – considerando as atividades agrícola e pecuária – encerrou 2024 em R$ 507,6 milhões, acréscimo de R$ 8 milhões no intervalo de três anos (R$ 499,6 milhões em 2022). E a tendência é que esses números cresçam nos próximos anos.
De acordo com a consultora de Negócios, Danielle Rampini, o seguro é um dos recursos mais procurados por produtores rurais que buscam proteção e segurança nas suas produções, e os grandes destaques são o seguro de plantação e o de maquinária agrícola.
“Com tanta imprevisibilidade no clima, é muito importante ter um recurso que proteja a vida financeira no campo. O seguro agro, por exemplo, surge como uma alternativa para minimizar prejuízos causados por fatores como estiagem e chuvas intensas. Além de garantir a continuidade da produção, o seguro ajuda a evitar perdas financeiras, principalmente em casos de eventos climáticos críticos”, explica a consultora do Sicredi.
Segundo ela, antigamente os produtores rurais acreditavam que o clima era o fator que favoreceria a produção, e seguro era considerado uma despesa desnecessária. No entanto, com as mudanças climáticas cada vez mais evidentes e com impactos diretos na produção, essa observação tem se transformado.

“Mato Grosso sempre foi abençoado pelo clima, mas isso tem mudado. Hoje, enfrentamos períodos de extrema seca, e o produtor rural, que antes contava com a chuva para plantar, fica diante de um solo cada vez mais seco para a plantação. Nesse cenário, muitas safras são perdidas, trazendo prejuízos incalculáveis. Com essa realidade, os produtores passaram a enxergar o seguro de outra forma. Antes, muitos não percebiam sua importância, mas hoje entendem que proteger a lavoura é também proteger seu trabalho, seu sustento e o futuro das suas famílias”, explica a consultora da cooperativa.
Proteção financeira no agronegócio
Com as oscilações do clima e os altos custos de produção, produtores têm buscado alternativas para garantir a estabilidade de suas atividades.
No caso do maquinário agrícola, que representa um dos principais ativos do campo, o Seguro Agro se torna um recurso estratégico, pois além de cobrir riscos como incêndios e roubos, a contratação pode reduzir as taxas de financiamento, tornando a aquisição de tratores e colheitadeiras ainda mais vantajosa.
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Fonte: canalrural