O nĂŁo encontrou provas suficientes para incriminar o ex-ministro da Justiça e ex-secretĂĄrio de Segurança PĂșblica do Distrito Federal, Anderson Torres, por sua conduta nos atos de 8 de janeiro de 2023, em BrasĂlia. O caso foi arquivado pelo procurador Carlos Henrique Martins Lima.
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A mando do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, foi instaurado um inquĂ©rito civil para averiguar possĂveis açÔes do ex-secretĂĄrio que possam ter colaborado para as invasĂ”es dos prĂ©dios do PalĂĄcio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.Â
Torres chegou a ficar . Ele e, desde então, é obrigado a usar tornozeleira eletrÎnica. O ex-secretårio continua sob investigação criminal. Moraes é o relator da ação no STF.
Ao analisar as acusaçÔes contra o do ex-ministro, Lima concluiu que ânĂŁo houve dolo em suas açÔesâ.Â
âEmbora seja possĂvel apontar alguma falha no serviço de inteligĂȘncia dos ĂłrgĂŁos de segurança pĂșblica, que nĂŁo foram capazes de identificar previamente o intuito dos manifestantes, ou apontar algum erro no fluxo de informaçÔes, nĂŁo se verifica, em relação a Anderson Torres, uma conduta intencional de facilitar os atos criminososâ, observou o procurador.
Ele e sua equipe ouviram testemunhas, averiguaram gravaçÔes de cùmeras de segurança e documentos oficiais de órgãos de segurança, além de informaçÔes que constavam em investigaçÔes de tribunais superiores.
Segundo o representante do MPF, âo secretĂĄrio de segurança pĂșblica nĂŁo teve meios suficientes para impedir as graves consequĂȘncias das invasĂ”es do dia 8 de janeiroâ.


| Foto: Marcelo Camargo/AgeÌncia Brasil
Nas diligĂȘncias, o procurador tambĂ©m levou em consideração o relatĂłrio da CPI do 8 de Janeiro, mas nĂŁo encontrou elementos suficientes para incriminar o ex-ministro.Â
âImportante consignar que, embora o relatĂłrio da CPMI tenha concluĂdo pelo indiciamento de Anderson Gustavo Torres, trata-se de documento que carrega em si, e legitimamente, viĂ©s polĂtico, visto ser fruto de trabalho de integrantes do Poder Legislativo, os quais visam, com sua atuação, atender expectativas do seu eleitoradoâ, escreveu.
Para o procurador, as investigaçÔes deixaram claro que Anderson tentou impedir que os manifestantes invadissem os prĂ©dios pĂșblicos.
âHouve a adoção de medidas para promover a segurança no Distrito Federam e tentar impedir que os criminosos avançassem ainda mais em sua empreitadaâ, garante o procurador.Â
Ao averiguar o celular do ex-ministro, apreendido para investigação, o MPF verificou que o teor das mensagens do aparelho corroborou para o encerramento do inquĂ©rito.Â
Anderson, , ordenou claramente que a PolĂcia Militar impedisse os manifestantes de entrarem na sede do STF. âNĂŁo deixe chegar no Supremoâ, escreveu.
âAnderson Torres tentou mitigar os danos promovidos pelos criminosos do dia 08/01 e, mesmo Ă distĂąncia, repassou orientaçÔes para impedir consequĂȘncias mais graves dos atosâ, concluiu o procurador.
Os advogados Eumar Novacki, Raphael Menezes e Ricardo Peres foram responsĂĄveis pela defesa de Torres. Eles acreditam a decisĂŁo do MPF foi uma importante vitĂłria na Justiça.Â
Fonte: revistaoeste