As penas que alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vĂȘm aplicando a rĂ©us da suposta tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023 causam . AlĂ©m disso, a falta de critĂ©rios consistentes, conforme destacam juristas, abre espaço para contestaçÔes internas que podem provocar a necessidade de revisĂ”es mais profundas.
Essa percepção ganhou mais força principalmente depois que o manifestou dĂșvidas quanto Ă condenação, por exemplo, da cabeleireira DĂ©bora Rodrigues. Por ter pichado uma estĂĄtua com o uso de um batom, com o qual escreveu âperdeu, manĂ©â, a mulher recebeu pena de 14 anos de prisĂŁo, conforme decisĂ”es dos ministros Alexandre de Moraes e FlĂĄvio Dino.
Fux mostrou-se inquieto com a decisĂŁo, e, curiosamente, dias depois de sentenciar DĂ©bora, Moraes determinou a soltura da rĂ© para cumprimento de prisĂŁo domiciliar. A cabeleireira, no entanto, jĂĄ havia passado dois anos em regime de prisĂŁo preventiva.Â
Outros integrantes da Corte tĂȘm revelado, internamente e nos bastidores, segundo o jornal Gazeta do Povo, que estariam dispostos a revisar as puniçÔes. Essa medida, no entanto, demandaria uma mudança drĂĄstica no cenĂĄrio. Afinal, implicaria na transferĂȘncia dos julgamentos da 1ÂȘ Turma, sob domĂnio de Moraes, para o plenĂĄrio.
Essa hipĂłtese estaria fora de cogitação por abrir brechas para que parte dos ministros discorde dos magistrados alinhados ao governo de Lula da Silva e enfraqueça a credibilidade do STF na condução dos processos que tratam das manifestaçÔes de 8 de janeiro.Â
Fux, por exemplo, mesmo na 1ÂȘ Turma, tornou pĂșblica a sua discordĂąncia com as penas no julgamento da denĂșncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante a sessĂŁo de 26 de março, ele disse que as sentenças iniciais para centenas de rĂ©us foram definidas sob âviolenta emoçãoâ.Â
Fonte: revistaoeste