O ministro da (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, classificou o Índice de Percepção de Corrupção (IPC) da Transparência Internacional como uma “conversa de boteco”. No levantamento divulgado nesta terça-feira, 11, o — sua pior colocação até hoje.
A métrica usada no ranking reflete a visão de especialistas e empresários sobre o funcionamento do setor público de cada país. Carvalho, no entanto, questionou a metodologia. “De onde eles tiraram isso?”, indagou durante entrevista à GloboNews. “Desculpe, mas isso é conversa de boteco.”
Carvalho, que está no cargo desde o início do governo Lula, é ligado ao , grupo de advogados petistas e esquerdistas que ganhou notoriedade por fulminar as ações da maior operação de combate à corrupção do país — a Lava Jato.
Desde 2023, .
Os entrevistados atribuíram nota 34 ao Brasil, em uma escala que vai até 100. Segundo o IPC, a queda na pontuação foi influenciada pelo silêncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à pauta anticorrupção.
“É menor porque o presidente Lula fala pouco disso em discurso, mas de onde eles tiraram isso?”, questionou Carvalho. “Qual a correlação de uma coisa com a outra?” Para ele, o levantamento não deve ser usado como parâmetro no combate à corrupção, pois se trata de uma “pesquisa de opinião”.
Como o próprio nome indica, o ranking é baseado na percepção dos entrevistados. Em 2024, eles avaliaram que o Brasil “mais uma vez” falhou em reverter o desmonte da luta contra a corrupção.
“Ao contrário, o que se viu foi o avanço do processo de captura do Estado pela corrupção”, afirmou Bruno Brandão, diretor da Transparência Internacional.
No relatório, o Brasil perdeu 2 pontos e caiu três posições em relação a 2023.
Um dos destaques negativos foi a falta de transparência nas emendas parlamentares, incluindo a Operação Overclean. Deflagrada em dezembro, a investigação revelou um esquema criminoso que desviou cerca de R$ 1,4 bilhão por meio de fraudes em licitações no .
Fonte: revistaoeste