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Ministério da Saúde confirma óbito suspeito ligado ao consumo de metanol em Mato Grosso do Sul

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O Ministério da Saúde apura quatro casos suspeitos de intoxicação por metanol em Mato Grosso do Sul: dois em Campo Grande, um em Ladário e outro em Rio Brilhante. Outros cinco casos já foram descartados, conforme boletim divulgado na tarde desta quarta-feira (8). Duas mortes suspeitas também foram registradas na capital, uma delas já foi descartada, mas outra que ocorreu no Hospital Regional segue em investigação.

Em todo o Brasil

Até o momento, foram confirmados 24 casos de intoxicação por bebida contaminada com metanol em todo o Brasil. Outros 235 estão em investigação, sendo a maioria concentrada em São Paulo, com 181 registros.

Em seguida, aparecem Pernambuco (24), Paraná (5), Rio de Janeiro (5), Rio Grande do Sul (4), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (4), Espírito Santo (3), Goiás (2), Acre (1), Paraíba (1) e Rondônia (1). Em relação aos óbitos, foram confirmadas cinco mortes, todas em São Paulo.

A próxima atualização das notificações de intoxicação por metanol, decorrentes do consumo de bebidas alcoólicas, será divulgada na sexta-feira (10).

Nesta quinta-feira (9), a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, o diretor-presidente da Anvisa, Leandro Safatle, e a coordenadora de Inovação, Acesso a Medicamentos e Tecnologias para a Saúde da OPAS, Ileana Fleitas, recebem estoque do antídoto fomepizol, destinado a reforçar o estoque estratégico do SUS para casos de intoxicação por metanol relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas.

A aquisição, inédita no Brasil, inclui 2,5 mil ampolas compradas por meio do Fundo Estratégico da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde).

O que é metanol?

O metanol é um tipo de álcool utilizado por falsificadores de bebidas alcoólicas destiladas para baratear os custos, mas que é altamente tóxico para seres humanos. Os principais sintomas da intoxicação pelo produto são náuseas e vômitos, dor de cabeça, cegueira, coma e até morte, se não tratado a tempo. Após ingerido, é metabolizado no fígado e pode provocar acidose metabólica grave, levando a cegueira irreversível, danos neurológicos e até morte. A dose letal estimada é de apenas 30 a 40ml. Confira os principais sintomas da intoxicação:

  • Alterações visuais: visão turva, dupla ou esbranquiçada, perda de percepção de cores e até cegueira.
  • Fase inicial (até 6h após a ingestão): náuseas, vômitos, dor abdominal, sonolência, tontura e dor de cabeça;
  • Fase intermediária (12h a 24h): dificuldade para respirar, queda de pressão, convulsões, insuficiência renal e alterações metabólicas graves;

Saiba o que fazer caso passe mal

  • procure assistência médica imediata, em pronto atendimento.
  • Não induzir vômito.
  • Não ingerir água ou leite.
  • Manter o paciente sentado ou deitado de lado.
  • Essas manobras diminuem o risco de aspiração pulmonar do conteúdo gástrico, já que com frequência esses indivíduos podem evoluir para um estado de sonolência e torpor.
  • Guardar amostra da bebida ingerida para confirmação da presença do metanol também se faz útil.

Casos suspeitos devem ser notificados imediatamente, e para qualquer orientação e atendimento, a população pode entrar em contato com o disque-intoxicação da Anvisa:

  • E-mail: cvisa@saude.ms.gov.br
  • 0800 722 6001

Os profissionais de saúde também devem notificar qualquer caso suspeito imediatamente pelos telefones:

Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campo Grande – CIATox

  • Plantão 24h (67) 98179-1369 (ligação, WhatsApp, SMS)
  • Telefone: (67) 3386-8655
  • Telefone Emergência: 0800-722-6001
  • E-mail: civitox@saude.ms.gov.br

Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde – CIEVS

Coordenação de Emergências em Saúde Pública – CESP

Fonte: primeirapagina

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