O vice-presidente da mineradora , Leandro Gobbo, falou sobre o mercado de lítio no e as oportunidades de agregar valor à extração deste mineral. O executivo participou de um seminário do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) nesta quarta-feira, 30.
“Hoje o Brasil já exporta lítio, mas só exporta uma coisa chamada concentrado espodumênio”, explicou Gobbo. “Spodumene concentrate 5.5, que significa 5,5% de óxido de lítio e 94,5% de lixo. Você está transportando em caminhões, em navios, fazendo a logística de um material muito pouco verticalizado. Olha a oportunidade que estamos perdendo de agregar mais valor aqui no Brasil.”
Óxido de lítio é um composto químico formado por lítio e oxigênio. Trata-se de uma matéria-prima usada para a fabricação de cerâmicas, vidros e baterias.
A PLS (anteriormente Pilbara Minerals) é uma mineradora australiana com foco na produção e extração de lítio. A empresa se destacou com sua operação na região de Pilbara, na Austrália Ocidental. Recentemente, a multinacional deu início aos estudos para extrair o mineral no município mineiro de Salinas. A proposta recebeu o nome de Projeto Colina.
Para conseguir os direitos de exploração das terras mineiras, a PLS comprou a mineradora rival Latin Resources, por US$ 370 milhões. O site Bloomberg Línea Brasil confirmou o término da negociação em fevereiro de 2025.
A bateria de lítio é usada em carros elétricos, drones e até mesmo em inteligência artificial. Segundo o vice-presidente da PLS, “a demanda pelo lítio e pelas baterias só vai aumentar nos próximos anos”.

Gobbo cobra mais infraestrutura no Brasil para o segmento de mineração, além de uma capacitação técnica adequada e uma política nacional de minerais críticos.
Fonte: revistaoeste