A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro negou qualquer envolvimento na articulação de um suposto golpe de Estado em 2022. Citada na delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, ela afirmou que o tenente-coronel passa por um “momento de perturbação mental”.
A ex-primeira-dama falou sobre o assunto nesta sexta-feira, 21, durante o 1º Seminário Nacional do Partido Liberal (PL), em Brasília. Indagada por jornalistas, Michelle fez um gesto apontando para a cabeça, insinuando que Cid não estaria em plena consciência.
“Zero apreensiva; 100% confiante em Deus, porque meu marido está sofrendo uma perseguição”, afirmou a ex-primeira-dama do Brasil. “A verdade vai prevalecer.”
Na delação à Polícia Federal, Cid afirmou que a ex-primeira-dama incentivava Bolsonaro a dar um golpe de Estado. Segundo ele, Michelle, junto a um grupo de aliados, o pressionava de forma “ostensiva”.
Nos depoimentos, que somam quase 500 páginas, Cid mencionou nomes como Onyx Lorenzoni, Jorge Seiff, Gilson Machado, Magno Malta, Eduardo Bolsonaro e o general Mario Fernandes.
Bolsonaro foi uma das 34 pessoas denunciadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostamente ter articulado um plano para dar um golpe de Estado e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República.
Michelle reafirmou que “não tem prova nenhuma” na denúncia e que tudo não passa de uma “narrativa mentirosa”.
A denúncia da PGR contra Bolsonaro atribui os seguintes crimes aos ex-presidente:
- organização criminosa armada;
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima; e
- deterioração de patrimônio tombado.
Fonte: revistaoeste