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Mercado reage negativamente à nomeação de Gleisi Hoffmann para articulação política do governo

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A indicação da deputada federal e presidente do (PT), Gleisi Hoffmann (PR), para a (SRI), provocou turbulência no mercado financeiro. Na sexta-feira 28, o dólar subiu 1,5%, fechando a R$ 5,91, enquanto a Bolsa de Valores (B3) recuou 1,6%. Analistas sugerem que a escolha da nova ministra gerou incertezas sobre a condução da política econômica do governo.

Investidores classificam como representante da ala mais radical do PT, frequentemente crítica ao mercado financeiro. Sua posição contrária a medidas de ajuste fiscal levanta preocupações sobre a sustentabilidade das contas públicas. O mercado teme que sua atuação possa dificultar a implantação da agenda econômica.

Durante sua gestão no PT, Gleisi defendeu o rompimento com a política de austeridade fiscal, chamando-a de “austericídio fiscal”. Essa visão contraria a busca por equilíbrio fiscal defendida por parte da equipe econômica do governo.

A resistência da nova ministra ao ajuste fiscal pode reduzir a influência do ministro da Fazenda, . Apesar disso, Lula mantém declarações de apoio ao chefe da equipe econômica.

Gleisi Hoffmann tem sido uma das principais críticas à atuação do Banco Central (BC) e à política de juros elevados. Ela criticou o então presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, em diversas ocasiões.

Em janeiro, mesmo depois da mudança na presidência do BC, Gleisi voltou a criticar a taxa Selic, que permaneceu em 13,25% ao ano. Contudo, evitou ataques diretos ao novo presidente, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula ao cargo.

Analistas alertam que o perfil combativo da nova ministra pode dificultar a articulação política do governo no Congresso. A expectativa é que a mudança na liderança das Relações Institucionais possa tornar mais desafiadora a relação entre o Executivo e o Legislativo.

Gleisi Hoffmann, 59 anos, nasceu em Curitiba e se formou em Direito pela Universidade Federal do Paraná. Está na presidência do PT desde 2017, cargo que precisará deixar antes de assumir o ministério. É deputada federal pelo Paraná e já foi senadora (2011-2019). No governo Dilma Rousseff, atuou como ministra-chefe da Casa Civil (2011-2014) e, entre 2003 e 2006, foi diretora financeira da Itaipu Binacional.

Fonte: revistaoeste

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