Sophia @princesinhamt
Política

Mensagens mostram tentativa do PCC de influenciar ministro do STF: Entenda os detalhes

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Investigadores identificaram uma tentativa de aproximação entre a cúpula do PCC e o ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (). Emissários da organização viajaram a para tentar agendar reuniões com o magistrado. Essa movimentação faz parte de uma investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), conforme revelou o site Metrópoles.

O Procedimento Investigatório Criminal (PIC), que soma 683 páginas, mostra detalhes dessa tentativa. Documentos, quebras de sigilo telefônico e imagens extraídas de celulares apreendidos mostram como Rodrigo Felício, conhecido como “Tiquinho”, manteve influência mesmo dentro da Penitenciária de Segurança Máxima Presidente Venceslau II, no interior de São Paulo.

Apesar das restrições, Tiquinho conseguiu enviar cartas escritas à mão para seus comparsas. A companheira do criminoso, que o visitava regularmente, agia como portadora desses bilhetes. Em uma dessas mensagens, ele orientou a própria filha sobre a maneira de abordar o ministro Nunes Marques.

Relatórios do Gaeco esclarecem que, embora houvesse diálogos sobre uma possível reunião, não surgiram provas de que o encontro tenha ocorrido. Além disso, o ministro rejeitou seis pedidos apresentados pela defesa de Tiquinho, todos relacionados a processos em tramitação no STF.

A troca de mensagens entre a filha de Tiquinho e sua madrasta revelou detalhes das tratativas. Em uma das conversas, a jovem afirmou ter participado de um jantar em uma embaixada, onde conheceu pessoas que poderiam facilitar o acesso ao ministro. Em outro trecho, informou que aguardava resposta de um contato para a confirmação de uma reunião.

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Outros diálogos revelam que a filha planejava enviar um telegrama codificado ao pai, orientando sobre os próximos passos caso a reunião fosse marcada. Depois da visita à penitenciária, a companheira de Tiquinho relatou que o preso recomendou agir sem advogado, uma vez que o processo já estaria sob análise de Nunes Marques.

A investigação também apontou dificuldades nas tentativas de aproximação. Em mensagens posteriores, a filha explicou que, embora tivessem conseguido se reunir com alguém supostamente ligado ao ministro, perceberam que o contato não seria eficaz. Mesmo assim, prometeram insistir nas tentativas.

O gabinete de Kassio Nunes Marques confirmou a existência de oito ações que envolvem Rodrigo Felício, sendo seis decisões desfavoráveis ao criminoso. Nas outras duas, houve pedido para redistribuição ao ministro Edson Fachin, cuja análise caberia à presidência do Supremo.

Em nota oficial, o STF declarou que o ministro nunca recebeu nem conheceu as pessoas citadas. Um advogado da defesa solicitou audiência pelos canais formais. Seguindo o procedimento-padrão, o pedido foi atendido por um juiz instrutor do gabinete, em videoconferência.

“O ministro Nunes Marques não conhece as pessoas mencionadas e nunca as recebeu. Um advogado da parte (Tiquinho) pediu audiência pelos meios oficiais e foi atendido por um juiz instrutor do gabinete de Nunes Marques, como de praxe”, disse o STF. “A audiência foi por videoconferência.”

Fonte: revistaoeste

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