Em coletiva nesta segunda-feira (17), no Palácio Paiaguás, o chefe do Executivo estadual declarou que pretende encerrar o assunto. Ainda assim, alfinetou a postura de Eduardo, ao considerar que os pronunciamentos do liberal ampliam a desunião da direita no momento em que o ideal seria aglutinar forças com a proximidade do pleito de 2026.
“Eu já falei tudo que eu tinha para falar a respeito. Agora, acredito que a direita no Brasil precisa de líderes que realmente ajudem a construir a sua unidade. Eu vejo que em alguns momentos o posicionamento dele tem gerado divergências, nós estamos no momento de construir convergências”, pontuou.
Na sequência, Mendes foi novamente questionado se enxergava em Eduardo um perfil conciliador. Ele respondeu: “eu não o vi nesta direção”.
Ao comentar o afastamento de possíveis apoiadores, Mauro reforçou que não pretende antecipar discussões sobre 2026 e disse respeitar todas as posições.
“Para mim é indiferente. Acho que todo cidadão tem o direito de se manifestar. A gente vive em uma democracia em que todo mundo fala o que bem quer, não tem problema as pessoas falarem isso, tem tanta coisa sendo falada por aí que depois não se realiza. Não tem problema. Expressar o que pensa faz parte da democracia”, argumentou.
A resposta mira também o prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL), que apesar do tom apaziguador em meio ao racha, pode não apoiar Mendes por lealdade à sigla e aos seguidores de Bolsonaro.
Com o embate, não é apenas o governador que pode perder terreno, mas também sua principal aposta como sucessor. O pré-candidato Otaviano Pivetta (Republicanos) corre o risco de ser prejudicado, já que conta com simpatia de vários atores políticos da linha bolsonarista, inclusive do próprio Bolsonaro. No entanto, após as críticas de Mauro, essa relação também fica estremecida.
A briga teve início após o governador dizer que Eduardo havia enlouquecido, em razão de o parlamentar incentivar o tarifaço dos EUA contra o Brasil como resposta ao julgamento do pai pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mendes também afirmou que o deputado estava falando “merda” ao criticar o proeminente candidato à Presidência da República, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) que é principal alternativa da direita, em meio à prisão do “capitão”.
Eduardo não deixou passar: chamou Mauro de “frouxo” na defesa da anistia e disparou outras palavras de baixo calão contra o governador.
— Leiagora Portal de Notícias (@leiagorabr) November 17, 2025
Fonte: leiagora






