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Meloni é destaque na capa da revista Time como ‘líder da Europa’: Confira!

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A revista norte-americana Time dedicou a capa da edição desta semana à primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, com a manchete “Para onde Giorgia Meloni está liderando a Europa”. O texto foi publicado nesta quinta-feira, 24.

O perfil, assinado pelo jornalista Massimo Calabresi, chefe da sucursal da Time em Washington, retrata a trajetória política da líder italiana e analisa como sua atuação pode influenciar o futuro do continente. A reportagem é resultado de uma entrevista concedida por ela em 4 de julho, no Palazzo Chigi, sede do governo da Itália.

O texto começa com uma pergunta da premiê ao repórter: “Há algo no fascismo que a minha experiência te lembra, ou que tenha relação com o que estou fazendo no governo?”. A indagação remete a uma associação frequente feita por críticos, que relacionam sua liderança conservadora ao passado fascista da Itália — ligação que ela rejeita de forma recorrente.

Segundo a Time, “quase três anos depois do começo de seu mandato, Meloni, 48, emergiu como uma das figuras mais interessantes da Europa”. A matéria destaca o contraste entre suas raízes em um partido de direita e suas ações mais recentes, que a teriam aproximado de uma postura pragmática.

“No cenário internacional, ela tem se comportado menos como uma revolucionária de direita do que como uma conservadora pragmática”, escreveu Calabresi. Entre os exemplos estão sua adesão à , à Otan e ao apoio à Ucrânia.

A reportagem também cita seu esforço para mediar as tensões entre os Estados Unidos e a Europa, especialmente durante o segundo mandato de Donald Trump. Nesse contexto, a revista observa: “Meloni conquistou a admiração de líderes de todo o espectro ideológico, de Biden à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, até o vice-presidente J.D. Vance”.

O novo nacionalismo de Giorgia Meloni

Meloni defende um novo tipo de nacionalismo, descrito pela revista como “populista, nativista e pró-Ocidente, mas comprometido com alianças europeias e atlânticas”. Ela declarou: “Antes de tudo, temos que defender o que somos, nossa cultura, nossa identidade, nossa civilização”.

No plano interno, o texto observa que Meloni recuou de algumas das promessas mais radicais feitas em campanha, como a proposta de um bloqueio naval para deter a na península italiana.

Ainda assim, o perfil cita medidas como a tentativa de ampliar os poderes do Executivo, restringir alguns tipos de protesto e aprovar reformas no Judiciário que aumentariam o controle do governo sobre as investigações.

O artigo também resgata momentos da juventude da primeira-ministra. Um incêndio que destruiu o apartamento da família e o subsequente empobrecimento da casa são destacados como marcos na formação de seu caráter. O episódio, segundo sua irmã Arianna, teria dado a Meloni “mais coragem”.

A matéria revela ainda que, ao encontrar Trump na Casa Branca em abril, Meloni se preparou com fichas sobre suas posições sobre diversos temas. Durante o encontro, defendeu veementemente a manutenção do apoio a Volodymyr Zelensky na guerra contra a Rússia. “Ele é um lutador, e eu sou uma lutadora”, afirmou.

Sobre as críticas recebidas, Meloni foi categórica: “Me acusaram de tudo, da guerra na Ucrânia à morte de pessoas no Mediterrâneo, simplesmente porque não têm argumentos”, e complementou: “Não sou racista, não sou homofóbica, não sou todas essas coisas que dizem sobre mim”.

Fonte: revistaoeste

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