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Médico preso por matar idosos tem registro suspenso pelo CRM em Peixoto

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O CRM-MT (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso) suspendeu o registro do mĂ©dico Bruno Gemilaki Dal Poz, de 28 anos, como punição por violar artigos do CĂłdigo de Ética MĂ©dica e estĂĄ impedido de exercer a profissĂŁo. Bruno e a mĂŁe, Ines Gemilaki, 48, estĂŁo presos por matar dois idosos em Peixoto de Azevedo, em abril deste ano.

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Bruno É MĂ©dico E Atendia Em Uma Upa De Peixoto. (Foto: Reprodução)

Em abril, o mĂ©dico, a mĂŁe dele, Ines Gemilaki, e Eder Gonçalves Rodrigues foram presos depois de invadirem uma casa e efetuarem vĂĄrios tiros por um desacordo comercial envolvendo pagamentos de aluguel. Os trĂȘs foram denunciados pelo MinistĂ©rio PĂșblico pela morte de dois idosos e pela tentativa de homicĂ­dio contra o padre e seguem presos.

Na decisĂŁo, assinada na terça-feira (21), o CRM-MT diz que os conselheiros aprovaram, por unanimidade, a interdição cautelar total do exercĂ­cio profissional do mĂ©dico. A anĂĄlise levou em consideração a ação de Bruno, apontado pelo MinistĂ©rio PĂșblico como um dos autores dos crimes, e a omissĂŁo ao nĂŁo prestar socorro Ă s vĂ­timas.

“O envolvimento nos crimes que ocorreram em Peixoto de Azevedo resulta em fundado receio de dano irreparĂĄvel ou de difĂ­cil reparação ao prestĂ­gio e bom conceito da profissĂŁo mĂ©dica”, diz trecho da nota.

Agora, a decisão precisa ser validada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e a defesa do médico tem cinco dias para apresentar recurso.

De acordo com o CRM-MT, a decisĂŁo foi tomada com base no seguinte artigo:

  • Artigo 30: A interdição cautelar ocorrerĂĄ desde que existam nos autos elementos de prova que evidenciem a probabilidade da autoria e da materialidade da prĂĄtica de procedimento danoso pelo mĂ©dico, a indicar a verossimilhança da acusação, e haja fundado receio de dano irreparĂĄvel ou de difĂ­cil reparação ao paciente, Ă  população e ao prestĂ­gio e bom conceito da profissĂŁo, caso ele continue a exercer a medicina.

Relembre o caso

Ines e Bruno foram flagrados por uma cùmera de segurança invadindo uma casa e efetuando vårios tiros. Nas imagens, é possível ver a mulher dentro da casa atirando, enquanto o filho estava no quintal e também efetuou disparos, segundo a polícia.

Em um outro vídeo, Ines apareceu sorrindo e apontando uma arma de fogo para uma cùmera de segurança. Bruno também apareceu apontando uma espingarda calibre 12 para a cùmera e, aparentemente, fazendo um disparo.

Momentos depois do crime, mĂŁe e filho foram flagrados comprando cerveja, ĂĄgua e refrigerantes, na conveniĂȘncia de um posto de combustĂ­vel, na cidade MatupĂĄ, a cerca de 13 km do local do homicĂ­dio, durante a fuga. Uma cĂąmera de segurança da conveniĂȘncia registrou o momento em que a suspeita apressou a atendente, enquanto falava ao telefone.

TrĂȘs dias apĂłs o crime, mĂŁe e filho se entregaram Ă  polĂ­cia. No mesmo dia, o marido de Ines, Marcio Ferreira Gonçalves, de 45 anos, e o irmĂŁo dele, Eder Gonçalves Rodrigues, tambĂ©m investigados por envolvimento crime, foram presos. No entanto, MĂĄrcio foi solto e ficou de fora da denĂșncia do MinistĂ©rio PĂșblico.

JĂĄ Ines, Bruno e Eder foram denunciados pelo MinistĂ©rio PĂșblico pela morte de dois idosos e pela tentativa de homicĂ­dio contra o padre. Os trĂȘs seguem presos.

Motivação do crime

Segundo a Polícia Civil, a motivação do crime seria um desacordo comercial envolvendo pagamentos de aluguel da casa invadida. O vínculo entre os suspeitos e as vítimas começou em março de 2021, quando as famílias firmaram o primeiro contrato de locação de um imóvel. O contrato foi encerrado um ano depois, em março de 2022.

Segundo a famĂ­lia que sofreu o atentado, o imĂłvel foi devolvido em pĂ©ssimas condiçÔes de manutenção e higiene e com atraso de um mĂȘs de aluguel no valor de R$ 5 mil, alĂ©m de dĂ­vidas de energia, internet e TV.

Fonte: primeirapagina

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