Mato Grosso do Sul vai receber nesta quinta-feira (23) as primeiras 156 unidades do Trastuzumabe Entansina, um medicamento de última geração incorporado recentemente ao SUS (Sistema Único de Saúde) para o tratamento do câncer de mama HER2-positivo, um dos tipos mais agressivos da doença.
A entrega faz parte do primeiro lote enviado pelo Ministério da Saúde, que recebeu 11.978 frascos do medicamento, distribuídos entre os estados conforme a demanda. O insumo será repassado à Secretaria Estadual de Saúde, responsável pela dispensação conforme os protocolos clínicos em vigor.
De acordo com o ministério, o Trastuzumabe Entansina representa um avanço importante no tratamento oncológico e pode reduzir em até 50% a mortalidade das pacientes diagnosticadas com o tipo HER2-positivo. O medicamento é indicado para mulheres que ainda apresentam sinais da doença após a quimioterapia inicial, geralmente em estágios avançados.
O investimento federal para a compra do medicamento é de R$ 159,3 milhões, que garantem a aquisição de 34,4 mil frascos-ampola em quatro lotes, com entregas previstas até junho de 2026. Segundo o Ministério da Saúde, a negociação foi feita com redução de cerca de 50% no preço de mercado, o que gerou uma economia de R$ 165,8 milhões aos cofres públicos.
“É um avanço gigantesco para a oncologia nacional, com o primeiro protocolo clínico voltado a esse tratamento. É uma grande vitória para a saúde pública e para o povo brasileiro”, destacou o diretor do Departamento de Atenção ao Câncer, José Barreto.
Além da nova terapia, o Ministério da Saúde informou que também está ampliando a oferta de inibidores de ciclinas, medicamentos utilizados em casos de câncer de mama avançado ou metastático, e que ainda neste mês será publicada uma portaria autorizando compra descentralizada por estados e municípios, agilizando o acesso das pacientes.
A ação integra o conjunto de medidas do Outubro Rosa, campanha de conscientização sobre o câncer de mama, e vem acompanhada de outras iniciativas, como a ampliação da faixa etária para mamografia no SUS, que agora inclui mulheres a partir dos 40 anos, e o trabalho das carretas do programa “Agora Tem Especialistas”, que oferecem exames e atendimento em regiões com menor acesso a serviços de saúde.
Com as novas medidas, o governo espera fortalecer o diagnóstico precoce e garantir que mais mulheres recebam tratamento adequado e eficaz pelo sistema público.
Fonte: primeirapagina
