Única News
Da Redação
A médica Elaine Moreira, de 47 anos, perdeu a guarda de sua filha mais nova, de 4 anos, para o ex-marido, contra quem já tinha uma medida protetiva por ter sido vítima de violência doméstica. A Justiça de Minas de Gerais concedeu ao pai a guarda unilateral da criança, restringindo o contato pessoal de mãe e filha a dois dias por semana, durante quatro horas por dia.
Sem contato com a filha, que adoeceu na última semana, há pelo menos dois dias a médica faz apelo nas redes sociais, na esperança de que o caso ganhe visibilidade e a comoção pública a ajude a reaver a guarda da menina.
Elaine explica que morava em Juiz de Fora–MG, mas precisou se mudar para Itatiaia, no Rio de Janeiro, onde moram os pais, sua rede de apoio. Com a mudança, o ex-marido da médica a acusou de alienação parental e usou o fato de ela ir a São Paulo, viagens que necessitava devido ao trabalho, acusando-a de “abandono”, para “tomar” a guarda da criança.
Conforme relato de Elaine, ela nem sequer foi notificada da decisão por qualquer meio que fosse. Apenas se deparou com uma equipe policial e pessoas ligadas a seu ex-marido chegando na casa para levar sua filha.
“M.A. foi literalmente arrancada dos meus braços em uma busca e apreensão que aconteceu na minha casa, debaixo de um temporal às 18h. Eu tive minha casa invadida por policiais armados, advogados, um chaveiro que arrombou o portão, funcionários do meu ex-marido, um drone ao redor da casa. Foram quase 20 pessoas que entraram na casa sem fazer nenhum contato prévio comigo, num processo em que nem intimida eu havia sido e deram a guarda unilateral para o meu marido”, disse Elaine em vídeo publicado nas redes sociais.
Histórico de violência
Elaine relata ter vivido um relacionamento tóxico e abusivo com seu ex-marido, de 74 anos. Devido as violências, psicológicas, verbais e físicas, ela pediu o divórcio e entrou com pedido de medida protetiva, que foi deferido pela Justiça. Ela publicou nas redes, duas cenas em que o homem se mostra agressivo, gritando por ela estar filmando, ele joga um objeto nela e em outra situação, ameaça “quebrar sua cabeça”.
Mesmo diante da denúncia de violência e com a medida protetiva, a guarda da filha foi concedida ao ex-marido. Elaine está a 52 dias tentando reverter a situação, mas até o momento só pode ver a filha dois dias por semana.
A médica conta que vinha mantendo contato com a criança através de outros adultos que moravam na casa, mas estes teriam sido obrigados a bloquear-la, justamente em um momento de fragilidade da menina. Isto porque, conforme Elaine, na última vez que teve contato coma filha ela apresentava sintomas de resfriado que vinha sendo “tratado” sem indicação médica.
A criança foi levada ao médico pela mãe, mas nos dias que se seguiram, ela passou mal na escola e na data posterior, ela faltou a aula. Desde este dia, Elaine não consegue mais contato com familiares que possam lhe dar informação da filha.
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Fonte: unicanews