A ação do PSOL foi motivada por declarações feitas por Medeiros em 11 de junho, quando, em sessão deliberativa, dirigiu-se ao deputado Ivan Valente (PSOL-SP) afirmando que “a idade não melhora as pessoas” e que “os canalhas também envelhecem”, além de chamá-lo de “pequeno” e acusá-lo de “só destruir”. Para a legenda, as falas configuram ofensa pessoal, injúria e discurso discriminatório de caráter etarista.
Segundo a representação, o comportamento do parlamentar violou os princípios do Código de Ética e Decoro Parlamentar e da Constituição Federal, ultrapassando os limites do debate político. O documento pede a aplicação de sanções que podem ir de censura à perda do mandato.
À época da apresentação da denúncia, Medeiros afirmou que a iniciativa do PSOL fazia parte de uma “estratégia recorrente de vitimização diante de qualquer contraponto”. O deputado também citou episódios envolvendo outros parlamentares da sigla. “Ele sobe na tribuna e chama os outros de nazista, fascista ou genocida, sempre xingando. O Glauber, colega de partido que será cassado por agredir um rapaz, me deu um soco em plena sessão deliberativa porque não gostou de algo que eu falei. Eles são assim: provocam, agridem e, quando são rebatidos, se vitimizam”, disse.
Na reunião do Conselho de Ética, foram sorteados os deputados que vão compor o processo de apuração: Josenildo Abrantes (PDT-AP), Julio Arcoverde (PP-PI) e João Daniel (PT-SE). O relator do caso ainda será designado, segundo informou o presidente do colegiado, Fabio Schiochet (União-SC).
Fonte: Olhar Direto